| Introdução
| História
No papel de Jesse, o jogo começa com a protagonista entrando em um prédio aparentemente normal, com uma recepção e um hall de entrada, porém o edifício encontra-se deserto. Com a aparente falta de pessoal, Jesse resolve adentrar mais na instalação, a qual ela suspeita que seja a responsável por sequestrar seu irmão Dylan.
Tudo de normal que o jogo tinha até aí muda em um piscar de olhos quando Jesse entra no interior do edifício e encontra pessoas em roupas de escritório flutuando e presas no teto recitando uma espécie de mantra ou encantamento, como se estivessem possuídas.

Minha primeira reação foi: “Quê? Isso é um jogo de terror?” – Mas Control passa longe de um jogo de terror.
O edifício misterioso em que Jesse entra no começo do jogo chama-se Antiga Casa, lar do Departamento Federal de Controle, do qual Jesse torna-se Diretora ao recuperar um Objeto de Poder chamado de Arma de Serviço, que é a arma principal da protagonista.


Conforme Jesse explora o ambiente, encontra documentos, fitas de áudio, gravações de vídeo e cartas que fortalecem a lore sobrenatural do jogo e explica mais sobre a história dos Objetos de Poder, Objetos Alterados e Eventos de Mundo Alterados. Além disso, Jesse encontra aliados importantes que vão guiá-la em sua jornada pela Antiga Casa, como o zelador Ahti, a chefe de pesquisa Emily Pope e o chefe do setor de manutenção Arish.


Ao tornar-se Diretora do Departamento, Jesse recebe a missão principal de combater e expulsar o Ruído, uma entidade agressiva que invadiu a Antiga Casa e que é a responsável pelos empregados flutuantes e murmurando encantamentos por todo o Departamento. Isso enquanto descobre mais sobre o próprio passado e sobre o paradeiro de seu irmão.

Apesar de a missão principal ser expulsar o Ruído, o jogo apresenta-se como um metroidvania, em que o jogador deve explorar a Antiga Casa e desbloquear novos poderes sobrenaturais para avançar e acessar novas seções do mapa. O jogo é um verdadeiro emaranhado de missões secundárias associadas a missão principal, que se complementam perfeitamente.

Essa “estranheza” do jogo torna-se o principal atrativo da história. Tudo no jogo adapta-se ao tema do “estranho”, como a Casa que muda de configuração e abriga dimensões paralelas em seu interior, os poderes de Jesse e a interação com o ambiente.

| Jogabilidade
Passando para o tópico sobre a jogabilidade, este é o ponto mais espinhoso do jogo. Primeiramente, devo ressaltar que quem vos fala analisou esse jogo em um PS4 Slim. Para a plataforma em questão, o desempenho do jogo deixou muito a desejar, principalmente em relação ao FPS. Em 70% do jogo, ele roda “liso”, porém ao abrir e fechar menus é uma verdadeira desgraça. Nesses momentos o jogo se transforma em um show de slides, como se o console não conseguisse processar e ler o jogo corretamente.
Tirando as quedas monstruosas de FPS, as mecânicas de gameplay são interessantes e agradáveis. Conforme o jogador avança na história, Jesse entra em contato com diferentes Objetos de Poder, que é de onde vêm seus poderes sobrenaturais. Cada Objeto de Poder apresenta um “desafio-tutorial” que deve ser conquistado para que a protagonista tenha acesso ao novo poder. Os poderes vão desde usar “dashes” e formação de escudos, até levitação.
Além do desbloqueio de habilidades novas, Jesse também pode desbloquear novas Formas de Arma para a Arma de Serviço, que simulam uma escopeta, um lança-mísseis e até mesmo um lançador de granadas. Aumentando o leque de upgrades, é possível encontrar “partes” ou “drops” que o jogador pode inserir nas formas de arma ou em slots pessoais de Jesse para aumentar seus status e força de ataque.
Os inimigos que Jesse encontra pelo jogo são versões possuídas do corpo administrativo do Departamento Federal de Controle, cada um com suas peculiaridades, ataques e fraquezas. Apesar de o combate ser divertido e bem intenso, pode tornar-se um pouco repetitivo ao decorrer da narrativa.
| Trilha Sonora
Bom, a trilha sonora é um mix entre bom e ruim. Não diria que é uma trilha sonora ruim, mas silenciosa, o que contribui para aumentar a sensação de tensão. Os pontos altos da trilha sonora encontram-se na “trilha sonora do faxineiro”, que trata-se de um tango finlandês, e nas músicas compostas pela banda Poets of the Fall, que compôs a faixa icônica do Labirinto do Cinzeiro, parte mais para o fim do jogo.
| Pontos Negativos
| DLCs
Como previsto desde o lançamento, Control conta atualmente com duas DLCs: A Fundação (The Foundation) e EMA – Eventos de Mundo Alterado (AWE – Altered World Events).

A primeira DLC leva Jesse à Fundação, uma zona subterrânea que data da origem e criação da Antiga Casa. A segunda, EMA, conta com a participação de rostos conhecidos do jogo Alan Wake, em que Jesse obtém acesso ao Setor de Investigações e deve dar fim a Escuridão do local. A última DLC faz referências diretas a Alan Wake e introduz o que gosto de chamar de “Multiverso Remedy”, em que todos os títulos estariam conectados. Para que a análise de Control não fique muito extensa, em um futuro próximo será publicado aqui, no Garota no Controle, uma análise dedicada às duas DLCs de Control, fiquem ligados.
