Introdução
Casual Challenge Players Club é um jogo arcade de bilhar (ou sinuca) desenvolvido pela Yume Game Studio e lançado em janeiro de 2021 para PC na plataforma Steam. Esta é a primeira empreitada da desenvolvedora que já possui um segundo título em desenvolvimento.
Para iniciar, deve-se deixar claro que o jogo não almeja alçar voos altos. A proposta do game é ser simples, prático e divertido. Por isso, lembra bastante os antigos jogos arcade da época do Playstation 2.
O início
O game nos oferece quatro modos de jogo: história, versus, black ball e like a master. Sendo assim, o jogador possui duas opções (história e like a master) para jogar sozinho e outras duas (versus e black ball) para se divertir com os amigos.
O modo história não é muito longo, diria que serve como uma espécie de tutorial para o restante da produção. São três fases com cinco mesas em cada uma delas que te proporcionam um desafio moderado. Portanto, nota-se que o foco do jogo fica para os demais modos.
Embora a história não seja o foco, não dá para ignorar. Com baixa duração e um enredo genérico, ela não motiva a seguir e muito menos apresenta algum plot interessante. Não há controle do diálogo, as falas acontecem de maneira contínua sem precisar de algum comando para prosseguir ou até mesmo parar.
Assim sendo, o modo história é o ponto baixo do jogo, sem nenhuma preocupação em inovar ou entreter.

Os demais modos
Como dito anteriormente, o Casual Challenge Players Club possui modos multi jogadores local e também através do recurso remote play da Steam. O modo versus é o clássico, dois jogadores se enfrentam em um desafio padrão onde vence quem encaçapar cinco bolas primeiro. Já no modo black ball, como o próprio nome já sugere, vence aquele que conseguir derrubar a bola preta primeiro.
Bem como desafios entre jogadores, o game apresenta também um modo para ser aproveitado sozinho, designado de like a master. Nele o jogador possui dezesseis tacadas para finalizar as três mesas disponíveis. Esse estilo de jogo é desafiador e força o jogador a investir um certo tempo para que consiga sucesso.
Diferentes do modo história, esses outros três dão o brilho que o jogo busca: diversão sem comprometimento. Apesar de parecer uma frase negativa, ela não é, pois, hoje em dia é comum os jogos multi jogadores precisarem de um bom tempo de dedicação e aprendizado para que o jogador possa competir de igual para igual. O Casual Challenge Players Club traz a competitividade que encontrávamos nos consoles mais antigos: saudáveis e simples.

Jogabilidade
Para começar, é preciso dizer que o game é bem simples em questão de comandos, são necessários apenas três botões e o direcional analógico para jogar todos os modos descritos anteriormente. Apesar disso, o jogo não possui uma lista de comandos para ensinar quem o inicia, precisei ir testando todos os botões para descobrir o que cada um fazia.
Assim como a falta de uma lista de comandos, o jogo também não possui um menu de opções. Não dá para alterar o volume, alternar entre modo janela e fullscreen entre outras funções básicas que normalmente estão disponíveis.
Fora isso, o jogo funciona bem. A simplicidade dos comandos (após descobertos) torna o game acessível a todos, mesmo aquele jogador de primeira viagem. A física também é bem consistente, não é realista, mas é totalmente crível, assim como um jogo arcade deve ser.

Parte Artística
Nesse quesito, o jogo não tem muita ganância mas também não é necessário que tenha. Com design de personagens bem padrão anime e pouca variedade de cenário, a parte gráfica faz o seu papel de servir como plano de fundo para a história desenrolar. Para cada estágio do modo história, existe uma personagem e um cenário de cutscenes, ambos inéditos.
As músicas do game não são destaque, um jazz genérico que é gostoso de ouvir e combina com a proposta do jogo, mas não é nada memorável, pois assim que fechamos o game, esquecemos. Além disso, não tem muita diferença entre as trilhas que existem no jogo, todas são bem semelhantes.

Conclusão
Casual Challenge Players Club é um jogo simples e prático. Ele não quer surpreender ninguém, apenas divertir. Sabendo disso, pode-se considerar um trabalho bem feito, com artes que agradam e uma música envolvente. O jogo possui problemas, alguns bugs, história fraca, voltar ao menu após um game over (o que acontece bastante), mas nada que vá estragar sua experiência geral. O mérito está em conseguir resgatar a sensação de convidar um amigo para sua e jogar um bom jogo arcade dos tempos de Playstation 2 enquanto jogam conversa fora.
*Chave cedida para análise.