Introdução
Assassins Creed é uma franquia da Ubisoft que desde seu lançamento em 2007 vem conquistando o público com sua jogabilidade até então focada em furtividade e intercalando entre um assassino do passado e um descendente dos dias atuais.
Com o passar dos anos, a Ubisoft foi mudando cada vez mais essa fórmula, transformando primeiramente de um gameplay mais furtivo e tático, para um em que “ligar o modo Rambo” acabaria deixando as coisas mais fáceis, sendo possível acabar com vários inimigos sem muita dificuldade, e atualmente transformou o jogo em um RPG, focado em árvores de desbloqueio de habilidades e sistema de level.
Sequências que não adicionam muitas novidades
Após o fim de Assassins Creed III a franquia entrou em um ciclo que em cada lançamento nada de muito inovador era acrescentado, Black Flag tentou inovar com navegação e combates navais, porém em todos os outros aspectos era muito semelhante ao jogo anterior.
Com a aproximação de uma nova geração na época (xbox one/PS4) a Ubisoft resolveu apostar em algo diferente para o começo da geração.
Assassin’s Creed Unity: a mudança que não deu certo
Com a geração Xbox one/PS4 começando, em novembro de 2014 foi lançado Assassins Creed Unity, o jogo que prometia inovar totalmente em todos os aspectos, com um sistema mais avançado e realista de parkour, uma linda Paris cheia de vida e um sistema de combate totalmente remodelado, que agora voltaria as raízes priorizando a furtividade.
Porém, em seu lançamento o jogo contava com infinitos bugs que prejudicavam o gameplay e faziam boa parte das novas mecânicas não funcionarem como deveriam.
Lançamentos anuais
Após o lançamento de Unity, a Ubisoft decidiu “inovar” ainda mais e em vez da pausa para desenvolvimento que os antigos jogos costumavam ter, resolveu no ano seguinte em 2015 já lançar Assassin’s Creed Syndicate, com um gameplay misto entre Unity e os jogos antigos, o jogo apresentou uma melhora em relação ao seu antecessor e acabou não sendo o sucesso que poderia ter tido se tivesse mais tempo.
A volta às origens e o começo de uma mudança
Depois de uma pausa necessária, em outubro de 2017 foi lançado Assassin ‘s Creed Origins, jogo que mudou todas as bases dos jogos anteriores, transformando a ação e aventura em um RPG.
Por ainda ser algo experimental, o jogo não entra totalmente no gênero, ainda tendo uma história linear a ser contada, sem milhares de escolhas para serem feitas e consequências a serem lidadas durante o gameplay, algo que é característico do gênero RPG.
Uma evolução de tudo que estava dando certo
Com o sucesso de Origins, o próximo passo da franquia foi dado em 2018 com o lançamento de Assassin ‘s Creed Odyssey, jogo que evoluiu em vários aspectos o que Origins havia acertado.
Evoluindo ainda mais na questão de RPG, aqui o jogador tem uma vasta opção de armas e um mundo gigantesco para explorar.
Porém, uma mudança que dividiu opiniões é que pela primeira vez na franquia, em nenhum momento fazemos uso da lâmina oculta, arma clássica usada pela ordem dos assassinos. Embora ela realmente tenha feito falta, o jogo explora outros aspectos da história daquele universo e ainda acrescenta coisas novas, como uma vasta exploração da história dos isu e a antiga civilização.
Menos assassinos e templários e mais exploração da antiga civilização
A maior mudança em relação aos jogos pré Origins, é que a franquia agora está focando mais em expandir o lore dos isu e antiga civilização em vez de focar na guerra entre assassinos e templários.
Em Odyssey as ordens nem existem ainda e em Valhalla, eles são totalmente secundários na história, não tendo uma relevância tão grande para a história.
Essa mudança, embora seja controversa, adiciona muito mais conteúdo à franquia e com ela aprendemos coisas sobre a antiga civilização que muitas vezes ficaram em branco nos jogos anteriores.
Um presente mais forte do que nunca
Em Assassins Creed 3 tivemos a conclusão de um ciclo no tempo presente do jogo, e ficou claro que a Ubisoft não sabia o que fazer ali pra frente naquele período.
Com os jogos até Syndicate tendo partes de gameplay em primeira pessoa claramente para “encher linguiça”, era claro que eles não sabiam o que fazer.
Algo que felizmente mudou em Origins, que começou uma nova história no presente com Layla, que embora no início não tenha um carisma tão grande como o de Desmond, acaba se mostrando uma personagem interessante, até enfim como em Assassin’s 3, chegar ao fim de um ciclo em Valhalla.
Com esse ciclo terminando no exato momento em que começamos uma nova geração, talvez já no próximo jogo veremos uma nova reformulação da franquia.
Conclusão
Após anos de altos e baixos, a mais famosa franquia da Ubisoft escolheu fazer uma reformulação tanto em questão de gameplay como em questão de foco narrativo. Embora tenha tido mudanças, a franquia não perde a essência, pois mantém um forte foco narrativo e interessante que expande a história dos personagens e volta a ter um tempo presente cheio de surpresas e reviravoltas.