Introdução
Spark the electric jester é um jogo de plataforma ao estilo Sonic, desenvolvido e publicado pela Feperd Games. O jogo já tem uma continuação e um terceiro jogo está em desenvolvimento. Para acessar os jogos na Steam, acesse esse link.
Conheça um pouco sobre o projeto no vídeo abaixo:
Essa entrevista foi realizada com o objetivo de criar oportunidade de outras pessoas conhecerem mais sobre esse jogo brasileiro, e também para ajudar quem tem como sonho ser desenvolvedor de jogos no Brasil.
Agradeço ao Felipe Ribeiro por responder nossas perguntas, e com isso permitir que este post fosse realizado.
Entrevista
Garota no Controle: O que veio primeiro, a mecânica ou temática?
Felipe Ribeiro: Depende, o design do Spark veio primeiro, daí a mecânica e a temática veio depois.
Garota no Controle: Que jogos inspiraram Spark the electric jester?
Felipe Ribeiro: Vários, jogos de ação como Bayoneta e Devil may cry, a série Megaman X, vários jogos do Kirby e claro, a serie Sonic Adventure.
Garota no Controle: Qual o diferencial do jogo Spark the electric jester?
Felipe Ribeiro: Eu tento achar o tipo de jogo que eu gostaria de fazer e o tipo de jogo que o povo quer jogar, nesse sentido eu tento achar alguma coisa que não está disponível em massa no mercado e tentar capitalizar na ausência desse tipo de jogo.
Garota no Controle: Qual o tamanho da equipe de vocês?
Felipe Ribeiro: Eu desenvolvo o jogo inteiro, apenas contrato músicos para fazer a música e alguém para fazer a arte da capa.
Garota no Controle: Quais as principais dificuldades encontradas para desenvolvimento e para conseguir que o jogo fosse publicado?
Felipe Ribeiro: Qualquer pessoa pode publicar na Steam a esse ponto, mas é bem diferente nos consoles, lá você está na mão dos desenvolvedores do console para aprovar o seu jogo para a plataforma deles. Lógico, terminar o jogo em si, é a parte mais complicada.
Garota no Controle: Pretendem lançar outros jogos?
Felipe Ribeiro:Lógico!
Garota no Controle: Qual foi o maior aprendizado que você gostaria de passar para outras pessoas, sobre produzir o próprio jogo?
Felipe Ribeiro: Persistência. Você vai ser ruim no início, mas quanto mais trabalha melhor você fica. Sempre deixe por volta de umas 5 horas por dia para trabalhar no seu projeto, mesmo que não faça muito progresso. Fazer games e aprender a fazer games são duas coisas que andam juntas, você não vai aprender a fazer games se não estiver fazendo um jogo no mesmo momento, teoria ajuda, mas, na prática, tem muita coisa que entra na frente. Para mim, programação é o pincel do criador de jogos, você pode não gostar de programar, mas é uma coisa que você TEM que aprender, pelo menos o básico, para fazer um jogo.
Garota no Controle: Sobre mulheres na área de desenvolvimento de jogos, o que você tem a comentar sobre isso?
Felipe Ribeiro: Nada.
Garota no Controle: Que mensagem você gostaria de passar para aqueles que querem desenvolver jogos no Brasil?
Felipe Ribeiro: Seja persistente. Não desista e não aja com má fé. Seja maduro e competente, o mundo ajuda aqueles que são honestos.
Garota no Controle: Para vocês, é possível viver de jogos no Brasil?
Felipe Ribeiro: É possível sim, mas é relevante falar que muitos jogos não vendem nada. O dinheiro que você recebe vai depender muito da qualidade e o quanto o povo quer jogar aquele tipo de jogo. Lógico, levando em questão se esse tipo de jogo já existe, não adianta fazer um clone de League of Legends sendo que o povo que joga o League já está jogando o League e não tem motivo nenhum para mudar para o seu jogo.