Introdução
Como prometido há alguns meses, trago agora a análise das DLCs que integram a versão deluxe e ultimate de Control. As DLCs em questão são The Foundation e AWE (ou EMA em português), ambas lançadas em 2020. Elas trazem um pouco mais do universo de Control e novas informações acerca de personagens e da Antiga Casa. E claro, não podemos nos esquecer da conexão estabelecida com Alan Wake na última DLC. Para quem ainda não conhece o jogo base, recomendo que leia nossa análise por meio deste link.
The Foundation
Antes de mais nada, confiram o trailer de The Foundation abaixo:
The Foundation foi a primeira DLC de Control lançada em 2020. A proposta do conteúdo extra é trazer luz a um dos maiores mistérios não resolvidos do jogo base: qual o paradeiro de Hellen Marshall, a atual chefe de segurança? Quem jogou Control, deve se lembrar daquela senhora “simpática” que não responde nada do que a Jesse pergunta e ainda desaparece para “melhorar” as coisas.
Além de resolver essa questão, a expansão traz uma nova área a ser explorada: a Fundação. Como o nome sugere, trata-se da base da Antiga Casa, onde seus alicerces foram fincados. E falando em “fincar”, ao descer para a Fundação, Jesse descobre o Prego (Nail). O Prego realmente se parece com um prego gigante e foi aparentemente destruído por algo ou alguém. “Mas o que tem se esse Prego foi destruído?” O Prego é responsável por estabelecer a conexão entre o mundo real e o plano astral. Logo, se ele for destruído, a dimensão entra em colapso e todos na Antiga Casa morrem.
Portanto, cabe a Jesse restaurar o Prego e evitar que mais uma vez a Antiga Casa seja destruída. Para isso, nossa querida personagem conta com um novo arsenal de poderes que podem construir ou destruir, e também com uma nova forma da Arma de Serviço. Além disso, alguns rostos familiares de Control também aparecem em The Foundation, como é o caso de Marshall e Emily Pope.
AWE (Altered World Events)
AWE é a segunda e última DLC de Control lançada em 2020. Essa com certeza é a DLC que mais levantou questionamentos e expectativas em relação a Alan Wake. Confira o trailer abaixo:
Como anunciado pela Remedy, AWE estabeleceria uma ligação com o universo de Alan Wake e daria início ao que gosto de chamar de Multiverso ou Universo Compartilhado Remedy. Portanto, esse seria o começo de um universo em que todos os títulos da desenvolvedora conversariam entre si. E de fato isso aconteceu em AWE, de uma forma superficial, mas que estabelece sólida relação com Alan Wake.
“Afinal, o que está acontecendo nessa DLC?”
Jesse recebe uma “ligação” misteriosa de um “escritor” por meio da Linha Direta. Como vocês podem adivinhar, esse misterioso escritor trata-se de Alan Wake, o protagonista do jogo de mesmo nome. Dentre as informações passadas por Wake, Jesse entende que deve ir ao setor de investigações e confrontar a Escuridão.
O lema dessa DLC é: fique na luz, que é uma clara referência a Alan Wake e o uso da lanterna. Ao descer para o setor de investigações, além de encontrar novos inimigos corrompidos pelo Ruído associados a Escuridão, Jesse encontra um personagem que não pertence ao universo de Control: Emil Hartman.
Para quem jogou Alan Wake, vocês devem se lembrar de Hartman. O fato é que atualmente Hartman não é mais humano. Ele se transformou num ser misto e deformado pelo Ruído e pela Escuridão. Ao ficar solto pela Antiga Casa, Hartman começa a corromper tudo com a Escuridão e começa a perseguir Jesse pelo setor de investigações. Por isso: fique na luz! Certos pontos-chave da expansão exigem que Jesse fique em ambientes iluminados para infligir dano a Hartman ou para não perder as forças no escuro.
Além da conexão entre os universos, AWE também fornece algumas explicações sobre a invasão do Ruído e o porquê de Hartman estar assim. Além disso, a história termina em um “cliffhanger”, que indica novos problemas em Bright Falls.
Jogabilidade
A jogabilidade de ambas as DLCs seguem o mesmo padrão de Control e logo com os mesmos problemas de performance do jogo base em hardwares da geração passada. Cada DLC traz poderes novos para Jesse e novas formas de arma, que impactam significantemente a interação com o mundo e a forma de lidar com inimigos. Falando em inimigos, as DLCs têm novos inimigos para Jesse de acordo com o tema abordado por cada uma.
Arte e Trilha Sonora
Ao mesmos moldes do jogo base, a arte continua “esquisita” e fantástica. As areias vermelhas da Fundação, o Prego e até os ambientes escuros de AWE são lindos de se ver. Já a trilha sonora apresenta batidas e trilhas agitadas para o combate e músicas tensas que remetem a perseguição ou perigo em AWE. Confira abaixo um pouco da arte de Control:




Conclusão
Em suma, as expansões de Control são ótimos conteúdos extras para o jogo base e senti que eles realmente acrescentaram à jornada de Jesse, estabelecendo um marco importante ao ligar os universos da Remedy. Por outro lado, sinto que alguns assuntos inacabados do jogo base poderiam ter sido explorados também, como o destino de Dylan, irmão de Jesse. Diante disso, penso que todos que jogaram Control devem eventualmente jogar as DLCs, porém aconselho sempre esperar uma promoção ou algum desconto.