Introdução
For The King mistura diversas mecânicas de estratégia e roguelike em somente um jogo. Além de mecânicas interessantes, o jogo também tem um visual belíssimo. Dessa maneira For The King tenta conquistar os ávidos jogadores de estratégia.
Disponível para PC desde 28 de fevereiro de 2017 e para PS4, Switch e Xbox One desde 6 de Maio de 2019. O jogo possui localização de textos para o português brasileiro.
História de For The King
A história é o que dá nome ao jogo. Pelo rei é que os personagens devem lutar e salvar o mundo do Caos. Há ainda outras histórias paralelamente que condiz cada uma com um mapa diferente.
Há também as histórias secundárias que diz respeito a cada uma das classes e também a origem dos inimigos.
Andando por aí
Tudo começa com a seleção de personagens, dentre eles temos Ferreiro(a), Caçador(a) e Trovador(a). Posteriormente o jogo libera mais classes para novas aventuras.
De fato o jogo me lembrou muito Civilization, mas também lembrou jogos clássicos de RPG de turno. E por fim me fez lembrar das madrugadas que virei jogando tabuleiro com meus amigos.
A dinâmica de jogar dados a cada movimentação no mapa não é algo novo, mas aqui é muito bem executado. Isso tudo por conta da interface que deixa bem claro quantos passos restam ou mesmo o raio de alcance dos inimigos.
A mecânica de caminhar pelos hexágonos é bem satisfatória mas demanda muita atenção. Um passo mal calculado pode levar um de seus personagens à morte.
Um por vez
A mecânica de batalha é por turnos como num clássico de RPG. Ao encontrar um inimigo a tela muda de formato e então cada personagem, jogador ou inimigo, tem sua vez de jogar. À partir desse ponto começa a construção de estratégia. Cada personagem tem as próprias habilidades e é preciso saber a melhor escolha contra os inimigos para alcançar a vitória.
Mas não é só isso. Cada habilidade do personagem precisa evoluir e assim poder causar mais danos aos inimigos que também ficam mais fortes.
For The King também apresenta a mecânica de Caos que atormenta o reino e é uma ameaça constante. Acontecendo em eventos aleatórios pelo mapa, é preciso se livrar do Caos o quanto antes. Ele aparece em forma de pilares ou mesmo inimigos especiais ligados ao Caos.

O sistema roguelike
Em For The King o fracasso ao iniciar uma aventura não será algo a se envergonhar. Vale lembrar que a cada nova aventura iniciada, o mapa é único e a disposição de tudo é aleatório. E dessa forma você acaba aprendendo com os erros lembrando que um certo item é mais ou menos eficaz contra determinado monstro.
Ao iniciar outra jornada o jogador pode optar por selecionar outra classe e assim poderá sentir qual mais se adequa em seu estilo de jogo.
Pontos a destacar
O sistema de níveis do jogo em alguns momentos parece desbalanceado. Logo no início quando o jogador tem pouca experiência, certamente irá aparecer um monstro que irá te derrotar. Talvez isso seja para forçar o sistema roguelike mas ainda assim me pareceu estranho.
Algumas classes no jogo, como o Trovador, não tem uma escalada de danos muito favorável. Se for comparar com o Ferreiro, a diferença de dano entre eles é bem considerável.
Aproveitando For The King
Claramente a melhor forma de aproveitar o jogo é usando do seu sistema multiplayer, local ou online. Como mencionei anteriormente, há muita influência do estilo tabuleiro de mesa. E ao aproveitar For The King com os amigos, você verá o real potencial do game.
Cada um pode escolher uma classe que melhor se encaixe no seu estilo. Assim a jogatina fica muito interessante e levará horas suas e de seus amigos. Dessa forma o fator replay do jogo também cresce muito.

Hexágonos e Low Poly
Com gráficos ao estilo de poucos polígonos, o visual encanta. E não somente pelos gráficos em si mas também pelas escolhas de design. O mapa realmente parece uma maquete de um mundo de jogo de tabuleiro.
Os próprios personagens remetem muito às miniaturas presentes em diversos sets de tabuleiro. Vale também mencionar os hexágonos presentes nos mapas e que trazem uma certa nostalgia para os antigos jogadores de Civilization.
Todo o visual da interface combina muito bem com o estilo gráfico do jogo, deixando tudo muito harmonioso e agradável.
E se falando de desempenho, o jogo não exige muito de hardware. Assim sendo excelente para quem tem máquinas mais modestas.

Sons
O aspecto do jogo que menos traz destaques é seu sistema de sons. Efeitos de itens, de golpes e trilha sonora estão ali somente para ambientar o jogo.
Como já mencionado, o real potencial está no multiplayer. Então é natural que os jogadores foquem menos nos sons do jogo. O jogo exige estratégia e bastante conversa entre os jogadores.
Conclusão
Apesar das dificuldades que o jogador irá enfrentar inicialmente e do desequilíbrio presente, For The King me surpreendeu bastante, ainda mais não sendo meu estilo de jogo. Sendo focado aos mais estratégicos e nostálgicos, certamente irá agradar e muito.
Este acaba sendo mais um dos títulos indies que se destacam por não serem mais do mesmo. Mesmo sendo destinado a um nicho, o jogo ousa e acerta bastante no que se propõem.
Com muitas horas de jogatina à frente com seus amigos, poderá até faltar tempo para se dedicar ao jogo. O fator replay por conta do multiplayer é um fator extremamente positivo e que faz valer muito a pena jogar For The King.
*Chave cedida para análise no PC