Introdução
Buildings Have Feelings Too! tem uma proposta diferente e inteligente ao mesmo tempo. E se gerenciássemos uma cidade levando em consideração a necessidade dos prédios?
Foi desenvolvido pela Blackstaff Games, e publicado Merge Games, com lançamento em 22 de abril de 2021 para Nintendo Switch, Playstation 4, Xbox One e PC. Buildings Have Feelings Too! não possui tradução para o português brasileiro.
História
Com um prédio antigo recém-demolido, um grupo de amigos anda meio preocupado. Esses amigos já se conhecem há muito tempo, desde que a cidade foi fundada. Porém, agora parece que as coisas estão mudando para pior.
Com a chegada da era industrial, diversos novos prédios da indústria tendem a tomar o lugar dos antigos. É aí que entra a missão do Hotel Providência, controlado por você, para garantir que tudo vai ficar bem.
O que é Buildings Have Feelings Too!?
Aqui o jogador tem o objetivo de gerenciar uma cidade considerando as melhores interações entre os estabelecimentos. Nessa cidade, os edifícios podem caminhar, conversar e, principalmente, possuem sentimentos.
A chave em Buildings Have Feelings Too! é saber quais prédios se dão bem com os que estão ao seu lado. Assim, podemos criar a cidade perfeita, fazendo o casamento entre as ofertas e demandas de cada estabelecimento.
No entanto, isso não é tão simples assim. Logo somos apresentados às mecânicas básicas do jogo como construir um prédio e depois definir se será uma residência ou comércio.
Também podemos mudas os grandões de lugar, já que eles têm pernas e braços. Com essa mecânica de movimentação, podemos melhorar ainda mais a eficiência em obter os corações.
Jogando
Primeiramente, cada estabelecimento possui suas próprias necessidades. Uma mercearia precisa de pessoas para comprar as mercadorias. Um escritório precisa de documentos e funcionários.
Então há diversos tipos de prédios para serem construídos. Dentre eles estão os residenciais, comerciais e industriais. Conforme o jogo avança, ele vai exigindo do jogador a manejar novos tipos de estabelecimentos como escritórios e bancos.
Cada prédio possui atributos únicos. Então esses atributos devem ser usados para o melhor convívio entre todos os prédios ao redor. Há também um limite para que esses atributos façam efeito.
Ao segurar um botão na frente de um edifício, o jogo mostra algumas informações. Uma delas é a área de efeito dos atributos daquele prédio. Também mostra se afeta positiva ou negativamente os outros ao redor.
Ao mesmo tempo, todos os prédios também possuem algum tipo de necessidade. Cabe a você, jogador, em manejar a interação entre todos os edifícios. Além disso, há também o medidor de felicidade que é medido em corações.
Então chegando no limite máximo de corações, é possível melhorar o estabelecimento. Assim também há a possibilidade de errar o planejamento e o prédio ficar com o nível mínimo de corações.
Ao atingir limite mínimo, surge um ícone acima do edifício em questão com um timer. Se este Timer zerar, as portas serão fechadas e o jogador deverá abrir um novo negócio ou demolir o prédio.
Alguns recursos
Então após ter os seus requisitos atendidos, por exemplo mercadorias, o prédio fica feliz. Assim, toda vez que você os ajuda com suas necessidades, recebe um coração, até chegar ao limite máximo que permite melhorar o grandão.
E para construir novos estabelecimentos, é preciso gastar tijolos. Você ganha tijolos após subir o nível de um prédio ou então cumprindo os objetivos dados ao jogador.
Conforme o jogo vai caminhando, você ganhará tijolos mais que suficiente para poder cumprir todos os objetivos do mapa. Não houve momento nenhum em que senti a falta desse recurso para progredir.
Porém o jogador pode reaver alguns tijolos ao demolir um estabelecimento que deu errado.
E finalmente temos o medidor de felicidade geral da cidade, que soma todos os corações produzidos pelos prédios. Esse medidor vale somente para o último objetivo do mapa, e tem como recompensa a abertura de uma nova região.
Arte dos prédios
Claro que o grande foco em Buildings Have Feelings Too! está nos prédios. Mas cabe falar um pouco antes sobre outros detalhes. A interface, por sua vez, é bem bonita, tem boa estrutura e o design bem resolvido.
Cada cenário tem uma identidade própria, seja cidade, porto ou interior. Tudo muito definido e se encaixa bem no estilo do jogo. Os detalhes em geral são bem trabalhados e bonitos.
Já falando dos prédios, são um show à parte. Conseguiram deixá-los fofos e vivos ao mesmo tempo. O personagem controlado pelo jogador tem ainda alguns detalhes à mais como um bigode, dando um toque extra na personalidade do Hotel Providência. Isso tudo ajuda a reforçar a mensagem do título do jogo, já que esses detalhes demonstram seus sentimentos também.
Por fim cada tipo de estabelecimento tem um estilo próprio. É fácil identificar quando se trata de um escritório ou residência, e isso ajuda muito o jogador na hora de organizar a cidade.
Áudio
Os detalhes sonoros são suaves e fofinhos. Todos eles casam com o jogo e são chicletes. Após alguns minutos logo você vai ter em mente o som que acompanha cada ação.
As músicas também ficam na cabeça por um bom tempo. Possuem toques suaves e divertidos, deixando um ar de cidade feliz e próspera.
Alguns tijolos rachados
Durante minha jogatina no Nintendo Switch, a queda de frames foi constante. Ao requisitar a construção de um estabelecimento novo, por exemplo, a taxa de quadros ia lá em baixo.
Com o passar do tempo e com a cidade ficando cheia dos grandões, o jogo roda abaixo de 30FPS o tempo inteiro. Não é crítico, mas certamente incomoda o jogador durante o gerenciamento da cidade.
Os gráficos simples e a interface limpa não deveriam causar esse tipo de problema. Certamente é uma desatenção ao polimento do jogo, dado a simplicidade do mesmo.
Outro problema recorrente foi a demora na tela de carregamento. Em uma das cidades, tive de esperar mais que dois minutos antes de poder jogar.
Por último, vale mencionar uma escolha errada da desenvolvedora. O tamanho da fonte em alguns momentos é bem incômodo. Uma pessoa com certo grau ocular certamente terá dificuldades em enxergar as letras minúsculas.
Conclusão
Com a proposta diferenciada e o estilo fofo, Buildings Have Feelings Too! será uma boa experiência para qualquer jogador. Aqueles que gostam de sistemas de gerenciamento vão adorar ter que movimentar os prédios pelas cidades.
O sistema do jogo é bem equilibrado, não deixando a dificuldade alta demais e nem muito fácil. Além disso, a interface ajuda por não complicar e muitas vezes ser autoexplicativa.
Os problemas de desempenho e de tamanho de fonte não tiram o brilho e a diversão proporcionada pelo jogo. Claro que incomodam, mas é possível jogar da mesma forma.
Em conclusão, Buildings Have Feelings Too! é um excelente título para você que quer passar o tempo gerenciando coisas. Mecânicas sólidas e bem estruturadas fazem desse jogo uma ótima e divertida experiência.
*Cópia cedida para análise no Nintendo Switch
