Introdução
No começo da geração do Xbox One surgiram muitas dúvidas sobre o futuro da marca. Com o péssimo manejo dos cabeças na época, a plataforma da Microsoft tentou “inovar” focando em experiências multimídia, em vez de dar atenção para o mais importante, grandes games e experiências memoráveis. Juntando isso, e o sucesso da competição em seus exclusivos, durante a geração passada, sempre ficou na mente dos jogadores o pensamento de desconfiança.
O preço dos jogos
Além disso, também temos o problema do preço dos jogos. No passado, quando uma pessoa queria ter uma coleção de jogos para jogar, era necessário desembolsar uma grande quantia de dinheiro ou adentrar o mercado de usados.
Com o passar do tempo, embora pensássemos anteriormente que essa tendência pudesse mudar, chegamos em uma situação em que ter videogames como hobby é algo caro. Com isso em mente, fica ainda mais importante os serviços e exclusivos que aquela plataforma irá proporcionar.
Atualmente, para adquirirmos um game no lançamento, é preciso gastar quase a metade de um salário mínimo. Um exemplo dessa situação é o recentemente anunciado Life is Strange: True Colors chegando por 400 reais na sua edição completa. Por mais que seja triste, infelizmente, os altos preços não irão embora tão cedo. Isso ocorre tanto por questões como a alta do dólar e impostos injustos em cima dos produtos.
Porém, em meio a esse mar de pesadelo, existe uma luz no fim do túnel, o Gamepass. Um serviço que surgiu de maneira singela e criando várias dúvidas e pessimismo nos jogadores. Porém, porque essa falta de fé existia inicialmente?
A falta de exclusivos
Não é novidade para ninguém que na antiga geração tivemos uma falta de exclusivos de peso na plataforma. Embora tenhamos sim grandes títulos como Gears e Forza, em questão de quantidade, fica muito longe do ideal.
Podemos também levar em consideração que este é um fator determinante para a venda e consolidação da marca. Embora a Microsoft tenha comprado grandes estúdios, ela já fez escolhas questionáveis de projetos, como o caso de Bleeding Edge. O jogo em questão que deveria competir com grandes marcas do gênero multiplayer online, como Overwatch, fracassou de forma colossal, em um nível que os próprios desenvolvedores abandonaram o projeto e ele não será mais atualizado com novos conteúdos.
Isso acontece porque o jogo veio em um momento de saturação de jogos com temática multiplayer online 4 vs 4. Com esse fator sendo levado em consideração, muitos jogadores acabam não dando uma chance a ele apenas por esse motivo.
Outro game que também encarou esse mesmo problema foi State of Decay. Por possuir uma temática de zumbi, em tempos que todos os anos temos vários projetos seguindo esse caminho, nem mesmo a sequência do excelente primeiro jogo conseguiu o destaque merecido.
A revolução Gamepass
Embora a Microsoft tenha decepcionado com a quantidade de exclusivos da marca na geração, ela conseguiu passar por cima disso, criando o Gamepass.
O serviço que permite acesso a uma gigantesca biblioteca de jogos por um pequeno valor no mês, chegou de forma singela anos atrás. Sendo assim, naquela época gerou dúvidas, essas que duraram muito pouco pela eficácia e acessibilidade do programa.
O fator acessibilidade
Como dito anteriormente, vivemos em tempos em que obter um jogo no lançamento é algo caro. Além do alto custo, sempre há a possibilidade do investimento não ser bem gasto por motivos de alta expectativa ou o produto não entregar o que promete.
Entretanto, é aqui que entra uma das grandes vantagens do Gamepass, todos os lançamentos exclusivos da plataforma Xbox chegam day one no serviço. Com isso, o serviço se torna um monstro em questão de acessibilidade de jogos.
Para exemplificar, se uma pessoa compra um console da Microsoft hoje, ela não precisa se preocupar em ir lá e comprar os jogos e ir aumentando a sua biblioteca aos poucos. Ela tem a opção de assinar o programa e ter acesso imediato a mais de 500 jogos. Grande parte deles exclusivos e de empresas parceiras, incluindo franquias famosas como Resident Evil e Batman Arkham.
Além disso, o Gamepass também tem parceria com a EA Play, e todos os games do serviço também estão ali, incluindo franquias conhecidas como Mass Effect e Battlefield. Outra vantagem do serviço são os perks. Ocasionalmente eles oferecem aos jogadores 1 mês grátis ou mais em aplicativos selecionados, como Disney+ e Spotify.
É inegável o custo benefício do Gamepass. A assinatura de 12 meses custa o preço de um jogo AAA no lançamento, e tanto o player que quer iniciar no mundo dos games, como o veterano, estão em grande vantagem assinando o serviço.
Lançamentos a longo Prazo
Embora o Gamepass seja um sucesso, sempre fica a dúvida se isso não irá prejudicar financeiramente a produção de grandes jogos para o serviço. Desconfiança essa que mais uma vez, considero uma herança dos anos passados da marca. Entretanto, analisando tudo que foi feito até agora no serviço, podemos afirmar que não, isso não irá prejudicar o investimento nos jogos. E isso é bem simples de se deduzir, pois nenhum estúdio por maior que ele seja, lança vários AAA por ano, e querendo ou não, o dinheiro das assinaturas do Gamepass se torna um investimento a longo prazo muito vantajoso. Pois, além dos exclusivos, o sistema de parcerias com outras empresas consegue sempre deixar o serviço em destaque. como por exemplo, a grande quantidade de jogos japoneses como Yakuza, que chegou ao Gamepass recentemente ao serviço, games esses que sempre fizeram falta no Xbox.
Bethesda
Finalmente chegamos na cereja do bolo. Recentemente a Microsoft comprou a Bethesda por 7 bilhões. Essa compra automaticamente aumentou o valor de exclusivos do Xbox e do Gamepass em um nível absurdo. Embora ainda tenhamos algumas incertezas sobre quais games serão exclusivos no futuro, é fato que se a decisão da marca for trancar tudo na sua plataforma, muitos players irão escolher este console, pois, querem jogar futuros Elder Scrolls, Doom e outros grandes títulos da marca.
Além disso, todos esses games chegarão ao serviço de assinatura no lançamento, e mesmo que não sejam exclusivos, este fator acrescenta uma vantagem gigantesca para os assinantes do programa. Pois, enquanto os usuários da assinatura terão acesso por um baixo valor, players das plataformas concorrentes terão que pagar preço cheio por eles, algo que não será nada barato como mencionado anteriormente.
Também temos uma gigantesca biblioteca de jogos da Bethesda que chegaram ao Xbox Gamepass, sendo alguns deles: Doom, Wolfenstein e Skyrim. Alguns títulos selecionados também receberam a melhoria FPS Boost, que dá um upgrade gratuito de 30 para 60 quadros por segundo. Alguns games que receberam essa novidade foram: Dishonored, Prey e Fallout 4.
Conclusão
Embora os jogadores tenham tido muita desconfiança na marca Xbox na geração passada, tanto pela herança de escolhas ruins de projetos, quanto pela falta de exclusivos e serviços, com o sucesso do Gamepass e a recente compra da Bethesda, fica claro que podemos esperar grandes lançamentos para o futuro. E quem sabe assim, chegará o dia em que viveremos em uma sociedade, em que a falta de exclusivos será apenas uma lembrança distante.