Introdução
A série Resident Evil comemora 25 anos de aniversário em 2021 com o Village. Desde 1996, a série passou por várias fases. Desde criar um gênero (survival horror) até se reinventar dentro de sua própria trajetória. Durante todos esses anos, tivemos de tudo. Com isso, a base de fãs ficou bem dividida. Assim, a franquia teve subgêneros que atraem diversos tipos de jogadores. Ainda que a Capcom não tenha acertado todas as vezes, não há como negar que os títulos da série mostram uma preocupação em agradar os fãs antigos e atrair novos. Se você quer saber mais sobre os tipos de fãs, pode consultar aqui.
Resident Evil Village traz mais uma vez o estilo em primeira pessoa. O qual não nasceu no sétimo episódio da série principal. Mas podemos falar disso em outro momento. Voltando ao oitavo capítulo, poderemos perceber durante a análise como seus desenvolvedores trabalharam em trazer uma experiência nova e clássica ao mesmo tempo. Então, será perceptível na gameplay diversos elementos de seus predecessores. Talvez, alguns fãs mais clássicos possam não gostar da ideia. Contudo, posso dizer: apenas joguem! Não vão se arrepender.
Resident Evil Village produzido pela Capcom, lançado em 07/05/2021.
Entendo os Files
Provavelmente, você está lendo este review após a data do lançamento do jogo. Mas não se preocupe, evitaremos spoilers. Pois, Resident Evil Village é uma experiência que deve ser aproveitada com todas as suas surpresas e reviravoltas. Dessa forma, prezamos por manter o sigilo do máximo de elementos possíveis para não comprometer as descobertas do jogador. Ainda que haja Detonados ou Walkthroughs na Internet. Porque, se você quis evitar toda a hype e ainda quer saber se o jogo vale seu investimento e não quer comprometer a história, esta análise é para você.
Há também um artigo sensacional aqui no site que descreve detalhadamente outros elementos do que esperar do jogo. Pode dar uma olhada aqui para o caso de saber de coisas mais específicas. Comentaremos coisas relativas à história que tiveram revelações durantes os trailers apenas.
Novamente, o Terror
A história deste Resident Evil se passa três anos após os acontecimentos de seu antecessor. Ethan e Mia Winters estão casados e agora têm uma filha: Rose. A vida corre bem até que há uma invasão na casa dos Winters na Europa. Então, Chris, o herói da série, mata Mia Winters a sangue frio e leva cativos a filha do casal e nosso protagonista. Por que houve a invasão? Para onde eles vão? Essas perguntas têm de esperar. Porque o furgão que os levava é atacado e Ethan acorda sem vestígios de Chris e sua filha. Onde foram parar? O que aconteceu com o furgão?
Depois disso, Ethan encontra uma vila estranha. Sem saber o que está acontecendo, ele apenas quer achar sua filha e fugir desse terror. Ainda restam as dúvidas: Por que matar Mia? Por que levaram sua pequena Rose? Onde Chris se encaixa nisso tudo? O que está acontecendo nesse vilarejo? Vai conseguir escapar dali com o seu rebento? À medida que avançar no jogo, terá essas respostas. Porém, terá ainda mais perguntas que te deixarão preso à história.
Resident Evil Village lhe oferece um resumo do que aconteceu no título anterior. Caso não tenha jogado, veja o resumo. Por melhor que seja a história do oitavo jogo, está atrelada à do anterior.

O oitavo sobrevivente
Ethan não é o mesmo do sétimo episódio da franquia. Lembremos que ele possuía pouca personalidade no jogo anterior. Acredito que isso era devido à possibilidade de jogar com os óculos de Realidade Virtual – VR. Ou seja, como a intenção de imersão era fazer com que o jogador se sentisse dentro da aventura, não valia muito à pena investir numa caracterização mais profunda.
Já no mais novo Resident Evil, vemos um Ethan mais “humano”. Um pai, um marido, alguém com sentimentos. Durante sua aventura, encontrará momentos em que se preocupará, se frustrará e sentirá alívio junto com o personagem. Além de achá-lo o cara mais azarado do mundo. Se no sétimo título ele possuía uma “dificuldade” em atirar por não saber lidar com armas. Agora, suas decisões e ações serão resultados de suas emoções. Isso não é ruim. Afinal, ajuda com que se crie laços com ele e tenha maior envolvimento no game.

O Survival Horror
À primeira vista, pode parecer que é apenas um upgrade de Resident Evil 7, por ter visão em primeira pessoa. Mas, durante a partida, notará outras semelhanças com outros jogos da franquia. Talvez, a mais notável seja com quarto jogo: um vila, inimigos diferentes do habitual, não há baús, saber brincar de Tetris com o inventário (o que significa saber posicionar os itens da melhor forma possível para aproveitar bem o espaço).
A novidade aqui é o espaço aberto e maior exploração. Você sentirá que está em um jogo de mundo aberto (mas não está). Ainda, terá muito mais motivação para procurar itens e segredos no jogo. Algo pouco explorado em outros Residents. Apesar da presença de espaços abertos, a claustrofobia continua. Jogador permanece sempre alerta e nunca sentirá que tem espaço suficiente para alguma coisa. Tudo isso reforça o terror do jogo.
Há uma variedade boa de inimigos. Mesmo que haja os “bucha de canhão” que aparecerão mais vezes, você tem a sua disposição uma quantidade razoável de monstros. Alguns, farão você correr muito ao invés de tentar enfrentá-los. Ainda sobre as criaturas, temos a presença de chefes, cada vez mais comum na série. Então, aguarde enfrentar “bichões poderosos” ao fim de determinadas etapas.
Os puzzles possuem dificuldade adequada. Por um lado, não têm dificuldade elevada. Por outro, vai fazer você pensar um pouquinho mais para seguir adiante. Além dos quebra cabeças obrigatórios, há outros que podem facilitar sua vida durante a história. Não são essenciais para avançar na história, mas te darão melhorias significativas de atributos, armas e afins. Uma coisa que posso dizer aqui é que há muito mais para se fazer em Resident Evil Village do que resolver enigmas e dar tiro em monstro.

Ainda tem coisa no inventário
Além de tudo o que foi comentado, temos dois retornantes à série: O vendedor (Duke) e o modo extra dos Mercenários. O primeiro é um personagem bem peculiar onipresente que te venderá itens, armas, peças e até aprimoramento do seu arsenal pelo preço certo. Para conseguir o dinheiro do jogo, derrote inimigos, ache e venda relíquias. Dessa forma, poderá ter uma graninha para negociar na vendinha do game.
O segundo, o modo Mercenário, o qual fez tanto sucesso em tempos passados que até ganhou um jogo só com essa modalidade para o Nintendo 3DS. A premissa é simples e desafiadora: derrote o máximo de inimigos que puder antes que o tempo acabe. Seja rápido para fazer combos e assim, melhorar a pontuação, para no fim ter uma boa nota.
Resident Evil Village passa a sensação de que é o maior do que estamos acostumados na série. Além disso, ele tem um sistema que incentiva sua repetição.

O mal à espreita
Em questão de gráficos, efeitos visuais, aparência e desempenho, Resident Evil 8 não deixa a desejar. Ao contrário, cumpre com excelência. Fazendo uso da RE Engine, o game te coloca em um ambiente altamente assustador com direito à toda nitidez possível. Não percebemos alguma queda de frame ou travamento durante a análise. Isso é surpreendente levando em conta que o jogo rodou em um Playstation 4 Fat. Por essa razão, acreditei que teria algum tipo de rendimento fraco por ser um console mais obsoleto.
Os tempos de loading também foram curtos. Caso você morra e tenha de voltar do último save, o carregamento é mais rápido do que o load inicial (aquele que a gente faz quando liga o console). Assim, menos frustrante morrer, já que não vai demorar tanto para tentar novamente.
Sobre o som, também uma coisa acertada pela Capcom. Dublagem PT-BR muito boa, além de várias opções de áudio e legenda. Dá até para treinar aquela língua estrangeira que você estuda jogando. Além da dublagem boa, os efeitos sonoros completam a ambientação de terror. Dá para saber de que direção os inimigos vêm. Ótimo para se defender de uma possível emboscada.

Rank S
Resident Evil Village prometeu o que cumpriu e com maestria. Pois consegue algo bem difícil para jogos com muito tempo de existência: cativar mais de um público. Seja você um jogador clássico ou novato, esse jogo pode te agradar. Mesmo que fuja de alguns elementos consagrados na franquia, tem a garantia de que ele vai te divertir.
*Análise feita com chave cedida em Playstation 4 Fat
ResidDOOMte Evil!!!! Gostei da analise!!!! Fato que é um novo conceito em termos de jogabilidade e estória!!!! Algo novo e sai um pouco da mesmice dos outros clássicos!!!! Nova engine, nova geração e novo jogo para todos é o que importa!!!! valeu