Introdução
O gênero terror sempre esteve em alta. Principalmente entre os anos 80 e 90, quando filmes como Sexta-feira 13 e A hora do Pesadelo se tornaram populares. Ao assistir esses clássicos do cinema, em algum momento provavelmente já passou por nossas mentes o seguinte pensamento, “UAU, se fosse eu no lugar desse personagem que só sabe tomar atitudes burras e escorregar no sangue, eu sobreviveria”.

É esta a grande proposta de Dead By Daylight. No título, que é um multiplayer assimétrico, quatro jogadores assumem o papel de sobreviventes, enquanto um player controla o assassino sanguinário.
Assim sendo, os heróis devem reparar 5 geradores em diversos mapas, para então escapar do local. Embora seja uma mecânica básica de gameplay, o game possui diversos aspectos específicos que o tornam incrível.
A experiência de ser um sobrevivente em meio ao horror
O maior destaque de Dead By Daylight sem dúvidas é o sentimento de adrenalina que o game consegue passar. Pois, realizar as tarefas de completar geradores ao mesmo tempo que corremos de um assassino é algo eletrizante. Ter que fazer perseguições contra o killer em alta velocidade, se esconder em cantos escuros e moitas, todas estas situações contribuem para o sentimento de tensão constante.
Além disso, os momentos em que os sobreviventes precisam completar os geradores também exigem bastante atenção. Pois, enquanto eles são consertados, um teste de perícia aparece na tela e se o player não for rápido o suficiente, o gerador irá explodir. Assim sendo, nesta situação o assassino será avisado da localização do jogador, resultando assim em uma perseguição alucinante.
Sentimento de adrenalina
Os momentos de perseguição também conseguem causar grandes momentos de emoção. Enquanto o sobrevivente é perseguido pelo assassino, é possível encontrar pelo mapa pequenas madeiras que podem ser usadas para atordoar o serial killer.
Assim sendo, o objetivo principal é ficar o maior período possível em uma perseguição, dando assim tempo para que os outros jogadores terminem os geradores. Além disso, também é possível fazer um loop com o perseguidor em locais que possuam janelas, fazendo assim com que ele perca tempo correndo em círculos.
Ainda na área de sobreviventes, é possível selecionar diversos perks com habilidades para eles. Sendo assim, esses perks dão aos personagens algumas habilidades, em sua grande maioria passivas, que podem ser usadas para atrasar o assassino ou até mesmo auxiliar em momentos de fuga.
Para exemplificar, existe uma habilidade que cura completamente o sobrevivente e o permite correr mais rápido por alguns segundos após todos os geradores serem energizados. Eu gosto dessa habilidade, pois ela dá ao player uma grande vantagem na hora da fuga final.
Entretanto, o ponto negativo dos perks é que os melhores sempre estão presos em personagens de DLC. Assim sendo, para se criar uma build verdadeiramente forte, é preciso comprar o conteúdo adicional que o título apresenta.
Na pele de um assassino
Diferente do gameplay de sobrevivente, o assassino possui diversas características distintas. A primeira delas é que o gameplay com o personagem é em primeira pessoa, sendo que os jogadores que assumem os sobreviventes jogam em terceira pessoa.
Diferente dos heróis, o assassino tem não apenas o objetivo de sacrificar os personagens, mas também impedir o progresso deles a todo custo.
Assim sendo, o player que assume o serial killer precisa sempre ficar atento aos sons ambientes, principalmente dos corvos, para então identificar a localização dos sobreviventes.
Os killers usam habilidades para localizar e atacar os personagens em fuga. Entretanto, diferente dos heróis, os perseguidores usam poderes de forma ofensiva.
Para exemplificar, temos a enfermeira, personagem esta que tem o poder se teletransportar. Com essa habilidade ativa, a assassina pode alcançar os sobreviventes mais rapidamente e até quebrar os loops de perseguição com mais facilidade.

Por fim, eu particularmente não gosto da jogabilidade como assassino. Pois, parte da experiência é sentir o perigo e adrenalina das perseguições. Assim sendo, ao jogar como killer está energia não está presente como antes. Além disso, se o gameplay for contra sobreviventes que tiverem alto grau de habilidades em perseguições, a perseguição com o perseguidor se torna chata e sem graça.
Locais conhecidos por amantes de terror
DBD apresenta diversos mapas conhecidos por fãs de clássicos do terror e slasher. Entre alguns destaques, temos presente no título o mapa do filme jogos mortais. Além disso, nele é presente diversas referencias que os amantes do gênero com certeza irão reconhecer. Para exemplificar, neste local característico do primeiro filme de Jigsaw, podemos encontrar o banheiro que se passa o primeiro filme da saga.
Além destes locais, temos diversos outros ambientes relacionados a franquias famosas dos games, sendo o mais recente uma colaboração com Resident Evil. Este evento adicionou ao Dead By Daylight a opção dos jogadores assumirem o papel de Leon e Jill como sobreviventes. Além disso, também é possível controlar o aterrorizante Nemesis.

Outro crossover presente no título é com a franquia Silent Hill. Além de termos um mapa característico de SH3, também é presente em DBD os personagens Cherry e o killer Pyramid Head.
Conclusão
Dead By Daylight não apresenta uma história profunda e revolucionaria, pois o foco não é esse. Entretanto, mesmo focando em uma experiência multiplayer, o sentimento de adrenalina causado pelas perseguições contra os killers, conseguem transmitir a imersão de estar em um filme de slasher clássico.