Karma City Police é um simulador de policial baseado em narrativa com elementos de RPG e combate baseado em pinball. E está sendo desenvolvido pela Meca Games, e já se apresenta em acesso antecipado na Steam. Além disso, o jogo já apresenta uma aprovação positiva de 93% dos jogadores.
Conheça mais no trailer abaixo:
Essa entrevista é uma oportunidade de conhecer mais sobre jogos brasileiros. Sobretudo para ajudar a ter uma visão do mercado brasileiro para desenvolvedores e fãs de videogames.
Agradeço ao Caio Paifer por responder nossas perguntas sobre o jogo Karma City Police, e com isso permitir que este post fosse realizado.
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Entrevista
Garota no Controle: O que veio primeiro, a mecânica ou temática?
Caio Paifer : A temática. Eu tava pensando em que tipo de profissão eu poderia transformar num minigame e contar uma história através desse ambiente de trabalho, bastante inspirado na forma como fizeram “Papers, Please” e “Not Tonight”. Depois eu fui adicionando outros elementos, mas começou com o minigame de telefonista policial.
Garota no Controle: Que jogos inspiraram ‘Karma City Police’ ?
Caio Paifer : Red Strings Club, Yuppie Psycho, Papers Please. Jogos de escopo relativamente pequeno que usam a profissão do personagem para contar uma história.
Garota no Controle: Qual o diferencial do jogo de vocês?
Caio Paifer : Normalmente o que chama mais atenção é o combate. Acredito que ninguém tenha misturado essas coisas até hoje: mini game de telefonista policial, gameplay de jrpg e combate de pinball.
Garota no Controle: Qual o tamanho da equipe de vocês?
Caio Paifer: Até agora tenho trabalhado sozinho, contratando pontualmente alguns freelancers em algum momento ou outro.
Garota no Controle: Quais as principais dificuldades encontradas para desenvolvimento e para conseguir que o jogo fosse publicado?
Caio Paifer : Sem dúvida a pandemia, que me impediu de fazer uma transição tranquila dos meus trabalhos anteriores para esse. O escopo do jogo ficou um pouquinho grande (dois anos de trabalho) e se tornou um problema quando não pude mais trabalhar e passei a viver das minhas reservas enquanto desenvolvia.
Eu aprendi bastante também, pois financiamento se tornou uma palavra muitíssimo mais importante. Tive que ter muito mais cuidado e estudo para trilhar um caminho com a menor chance possível do jogo não me retornar o suficiente para poder continuar desenvolvendo, o que acabou até atrasando a finalização do projeto, pois cada momento que to montando proposta para publisher, me preparando para reunião, criando campanha de financiamento coletivo, é menos tempo que tenho para focar no jogo em si.
Garota no Controle: Pretendem lançar outros jogos?
Garota no Controle: Qual foi o maior aprendizado que vocês gostariam de passar para outras pessoas, sobre produzir o próprio jogo?
Caio Paifer : Você não precisa ser programador para fazer jogos, existem várias formas de se fazer isso. Cuidado com o escopo porque quanto mais tempo você passa num mesmo projeto, mais difícil é de se terminar e recuperar o que você investiu. Comece com jogos bem pequenos e vá aumentando aos poucos. Mais vale um jogo pequeno finalizado na loja do que um mmorpg não finalizado na gaveta.
Se estiver desenvolvendo sozinho ou com equipe pequena, sem grana, fuja do mobile. Estude a loja da Steam e veja algo que você conseguiria produzir e finalizar com qualidade profissional utilizando as melhores qualidades da sua equipe.
Garota no Controle: Sobre mulheres na área de desenvolvimento de jogos, o que vocês têm a comentar sobre isso?
Garota no Controle: Que mensagem gostaria de passar para aqueles que querem desenvolver jogos no Brasil?
Garota no Controle: Para vocês, é possível viver de jogos no Brasil?
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