Introdução
Games conquistaram sua popularidade. Hoje, artigos comuns a qualquer pessoa. Isso pode ser no celular, console e/ou computador. Há diversos gêneros e subgêneros, o que faz existir cada vez mais comunidades. Fazer parte de uma é legal. Pois, conhecemos pessoas com mesmos interesses que os nossos e podemos trocar aquela ideia. Por outro lado, podemos ficar fechados em bolhas e deixar de aproveitar muita coisa boa fora do nosso mundinho.
Vamos conversar sobre as comunidades e como são importantes e legais.
Tudo aqui era mato
Na época pré-internet, existia um bando de excluídos da sociedade. Exagero? Um pouco. Mas não sem verdade. Os jogadores clássicos podem ter contado que, nos tempos de outrora, a dificuldade era extrema. Extrema como? Por exemplo, para jogar videogame, o indivíduo deveria andar 8795313131 km para chegar a uma locadora, esperar 897861 dias para poder jogar sua meia hora por R$ 0,50.
Na verdade, videogame não era tão acessível. Poucos poderiam comprar consoles e sobrava as locadoras para disfrutarmos um tempinho com controle na mão e um monte de moleque atrás da gente avaliando nosso modo de jogar. Assim, essa falta de acessibilidade, fazia com que jogos eletrônicos não estivessem na lista de prioridades na questão de entretenimento para uma grande parcela do público jovem. Consequentemente, isso fazia com que poucas pessoas se interessassem. Dificilmente você encontrava alguém de um círculo próximo a você que gostava de jogar um Top Gear dividindo a hora. Se você é ou conhece algum antepassado dos games, provavelmente ele responderá que poucos da escola dele gostavam de videogame. Fazendo assim, a locadora, ou o fliperama, nossa primeira experiência de comunidade gamer.
Nem sempre aquele parceiro de Top Gear ia querer jogar um Street Fighter. Porque ele gostava de jogo de corrida e não de jogo de luta. Porém, havia outro frequentador da locadora que gostava de Street Fighter e não de jogos de esportes. Daí, surgia maior interação entre os frequentadores. Mas se você quisesse um rival, ou mostrar que era o melhor, os fliperamas eram a solução. Com jogos mais competitivos, pessoas jogando até perderem ou zerarem o jogo, significava que somente os melhores ficavam. Algo como a Cúpula do Trovão do filme Mad Max 3: “Dois entram, um sai”. Lembrando que não havia internet aqui.

Comunidades hoje
Não sei se perceberam, mas tudo o que foi narrado até aqui, mostra práticas de uma comunidade gamer. Reunião de jogadores, desafios, trocas de ideias, parcerias para terminar um jogo. Inclusive, coisas que a internet facilitou e muito para os jogadores mais novos. Mesmo em ambientes mais “restritos”, havia uma grande quantidade de públicos. Então, no mesmo lugar, possivelmente você encontraria aquele jogador de Resident Evil 1996, ao lado do jogar de International Super Star Soccer Deluxe com um amigo em comum viciado em Mario.
Atualmente, com o advento da internet e de redes sociais. Ficou ainda mais fácil achar pessoas com gostos parecidos com os nossos. Existem fóruns, Discord, páginas, etc sobre tudo quanto é jogo. Ou seja, as coisas agora não são filtradas por gêneros, mas podem ser por jogos específicos. Embora não conheça o jogo (não me agradou o suficiente) cito aqui como exemplo uma comunidade muito grande e, até onde vejo, bem unida: a comunidade de LOL – League of Legends. Milhões de pessoas com interesse em um único jogo. Devido ao seu tamanho, frequentemente há campeonatos, eventos e seus jogadores acabam ficando famosos.
O tamanho e a união dessa comunidade fazem pessoas que não conhecem o jogo (o meu caso) saberem de sua existência e como influencia os atuais jogadores. Claro que há outras comunidades grandes. Porém, resolvi citar a de LOL justamente por eu não conhecer o jogo, mas saber o seu “tamanho” fora da bolha de jogadores.

Comunidades são importantes
Lembram das historinhas que contei em tópico anterior? As comunidades gamers nos ajudam a encontrar pessoas com interesses em comum. São um espaço para trocar ideia, dicas, fazer amizades e até mesmo se informar sobre as últimas notícias daquele jogo que gostamos tanto. Antigamente, não havia ferramentas para acharmos essas pessoas, hoje, o que não falta é possibilidade achar um grupinho e arriscar umas rankeadas naquele jogo cooperativo.
Nas comunidades que podemos ajudar e ser ajudados. Eu participo de comunidades de fighting games. Nessas comunidades, trocamos muitas informações de como executar combos, de como fugir de determinada tática apelativa e, o mais importante, ajudamos quem está começando no gênero transmitindo a experiência que já temos. Enquanto isso, nos informamos sobre os últimos eventos, celebridades do meio e, por que não? Fazemos memes para descontrair.
Comunidades servem para que os jogadores sejam aceitos pelo que gostam. Talvez, uma pessoa more em lugar que não tenha muita gente com quem conversar sobre Dark Souls, por exemplo. Mas na internet, ela pode achar vários lugares onde há gente que conhece e joga esse game de dificuldade extrema. Também, para is mais sortudos, podem morar em uma cidade que há encontros regulares para realizar campeonatos de um determinado título (em tempos sem corona).

O que você pode fazer na sua comunidade
Já falamos, mas repetiremos. Pode socializar, fazer novas amizades, se informar, aprender coisas novas e mais um monte de coisa legal. Contudo, há coisas que não devem ser feitas. Por exemplo, racismo, discriminação, ofensas. Vários grupos têm se preocupado com isso e criaram políticas de boa convivência. O que antes era um acordo subentendido, agora, é regra de comunidade.
Tivemos exemplos recentes de membros de comunidades que mancharam a reputação do seus pares por terem atitudes não éticas e até criminosas. Por isso, algumas plataformas de vídeo e streaming baniram essas pessoas. O que podemos fazer é evitar esse tipo de situação. Respeitar o coleguinha, ajudar quem está entrando. Assim, teremos um ambiente maior e melhor. Numa vibe saudosista, posso dizer que não tínhamos algo como existe hoje. Ver as pessoas usando comunidade gamer para espalhar preconceito, ou sendo hostis, mesmo em pequenas poucas, entristece bastante. Lógico que você não fará isso.

Seja feliz com sua comunidade
Não importa o que goste ou em que comunidade esteja. Entretanto, importa que se divirta e ajude outros a se divertirem como você se diverte com seus joguinhos. Tá faltando gente para aquela jogatina online? O que falta para mais pessoas verem o quão legal é o jogo que você curte? Mostre a eles. Pois, quanto mais gente se diverte com videogames, melhor será para todo mundo. Portanto, não deixe de engajar naquele grupinho de lolzinho que tanto te convidam para entrar.