Cada vez mais os videogames ganham adaptações para a sétima arte. O cinema, que antigamente já via alguns poucos jogos ganharem vida, têm sido um grande chamariz para mais e mais filmes baseados em jogos eletrônicos.
Contudo, nem tudo são flores para os fãs. Aliás, infelizmente, a grande maioria dessas adaptações são um tormento e uma tortura para os apreciadores de suas histórias, e, mesmo de bons filmes.
A lista de filmes ruins ou péssimos baseada em jogos não é pequena. Mas vamos trazer apenas 7 das piores já feitas:
– Super Mario Bros.

Um dos maiores ícones da história dos videogames ganhou uma adaptação em 1993. Se Mario, o simpático encanador símbolo da Nintendo fosse vivo, com certeza teria odiado seu filme.
A trama é básica e em teoria simples e assertiva: Mario e Luigi precisam resgatar a Princesa Peach. Mas não foi bem isso que aconteceu.
Para começar a história se passa em um futuro diatópico na Terra, onde um “apocalipse reptiliano” teria acontecido (alô Bowser), e seu líder quer transformar todo mundo em lagartos. Sério?!
Basicamente, ele usou a lenda urbana do jacaré nos esgotos de Nova Iorque e expandiu para uma realidade alternativa estranha e mais sem sentido. Não bastasse a trama e o enredo de péssimo gosto, os atores pareciam ter sido pagos com um pão com mortadela, além disso, a caracterização conseguiu ser tão ruim, ou pior que todo o resto.
É impossível falar de piores filmes sobre jogos sem começar por Super Marios Bros. Afinal, além da importância do personagem, foi uma das primeiras a ganhar uma versão live-action.
Tekken

Um dos jogos de luta de maior apelo dos anos 90/2000 também foi lembrado (destruído) pelo cinema.
Filmes de “luta” já costumam não ser exatamente um grande exemplo de bons roteiros e desenvolvimento. Entretanto, Tekken consegue simplesmente ser ainda mais frustrante e pastelão.
Aqui temos uma trama futurista (parece que eles não aprendem), onde o mundo é controlado por empresas que criam um enorme torneio de lutas para entreter a população. Sem muita explicação, só isso mesmo.
O resto do filme é guiado por uma vingança bem clichê e mal desenvolvida, que de jeito nenhum convence e te atrai a nenhum personagem.
Ah! As lutas, afinal este é um filme de sobre isso, todas, absolutamente todas são esquecíveis e não causam nenhum impacto.
– Street Fighter: A Última Batalha

Pegue um jogo extremamente popular e faça um live-action tosco. Uma receita corriqueira nos anos 90. Mas dessa vez adicione um elenco estrelado por Jean-Claude Van Damme, Raul Julia e Kylie Minogue.
E, mais uma vez, use como base um game de luta, onde o enredo normalmente não é tão importante e a chance de ter um bom resultado é maior, correto? Correto!
Porém, eles conseguiram de novo, o cinema simplesmente acabou com a “magia” de um jogo.
Você se lembra do Blanka, aquele lutador brasileiro, extremamente caricato e que diz exatamente o que os Estados Unidos acham da gente?
Pois bem, em Street Fighter: A Última Batalha, ele é ainda pior. O filme é basicamente lutas atrás de lutas, com poucas, ou quase nenhuma tentativa de aprofundar os personagens. Mas poucas delas realmente são boas de assistir.
Ele é tedioso, chato, sem nexo e com zero carisma. Sem contar com Ryu e Ken mais estranhos e bizarros do mundo.
O único ator por quem tenho um grande respeito nesse filme é Raul Julia, o Bison. Que apesar da caracterização fraca e a atuação ruim, fez todo o processo enfrentando um câncer no estômago. Nada além de respeito pelo seu profissionalismo.
Resident Evil

O que fizeram com Resident Evil? Tantos jogos para serem adaptados, tantos arcos, tantos personagens memoráveis, menos o Leon.
E o que o diretor Paul W. S. Anderson resolveu fazer? Criar uma nova protagonista: Alice. Mas esse nem foi o maior problema. Se ela fosse realmente interessante e agrega-se ao universo estaria tudo bem.
Contudo, simplesmente não.
O diretor ignorou completamente toda a história e o clima de terror da franquia da Capcom e fez um filme focado na ação, com tramas superficiais e mal desenvolvidas.
É um filme de ação (medíocre), com o nome de uma franquia de muito sucesso dos games. Nada mais do que isso.
– Alone in the Dark: O Despertar do Mal

Este é mias um dos clássicos jogos de Survival Horror, mas que foi totalmente desconfigurado em um filme.
Ele começa por um investigador paranormal, passa por experimentos governamentais em crianças (isso mesmo), e finaliza com um artefato maia, não, você não leu errado, que abre um portal para criaturas demoníacas invadirem o mundo.
Toda essa maravilha foi idealizado por Uwe Boll. Ele é o diretor de filmes como House of the Dead, BloodRayne, In the Name of the King, Postal e Far Cry. Sim, muitas adaptações de games, mas nenhuma minimamente boa.
Entretanto, falando sobre Alone in the Dark: O Despertar do Mal. Se você não teve o desprazer de assistir essa pérola, continue assim.
Este é o pacote completo das péssimas adaptações de jogos: Atuação sofrível, monstro bizarro e desconexo, efeitos (defeitos) especiais, roteiro, bom que roteiro? Tudo é ruim.
Mortal Kombat: Annihilation

O primeiro longa de 1995, tinha os seus problemas, mas era até divertido e foi bem nas bilheterias. O que fez o estúdio encomendar uma trilogia. Contudo, o plano mudou após a sequência Mortal Kombat: Annihilation, de 1997.
O filme foi uma tragédia, não há definição melhor do que esta. O roteiro tem diálogos que só podem ser definidos com “???”. As lutas são de péssima qualidade, parecem apenas artistas de circo se apresentando, nem o WWE é tão (mal) encenado quanto aquilo.
Obviamente a recepção ao longa foi desastroso e o terceiro filme foi cancelado. Mas agora, 24 anos depois, a franquia voltou aos cinemas com uma nova aventura intitulada apenas Mortal Kombat.
Mortal Kombat 2021

Primeiro vou deixar claro, este filme não é pior que o de 1997 e nem pior do que alguns citados nessa lista. Mas criou-se uma expectativa em torno dele, que nem de perto foi correspondida.
O problema começa no roteiro, que é mais uma vez raso e desconexo e não aproveita o vasto universo da franquia. São tantas escolhas que frustram, que fica difícil listar, mas algumas são:
Deixar o torneio apenas para a sequência; Tentar fazer de Raiden uma espécie de Nick Fury. Onde ele reúne heróis para salvar a Terra, mas que no fim das contas esses “heróis” ainda precisam achar seu poder interior, quase como num drama adolescente.
Porém, o pior de tudo é que este é um filme sem alma, identidade ou carisma. Mortal Kombat não tem personagens memoráveis, perdendo a chance de fazer isso com Scorpion, que começa muito bem o longa e “some” logo depois.
Mais uma adaptação genérica e que claramente tenta introduzir uma série de filmes apenas por interesse comercial.
O direto, Simon McQuoid falha e não fica à altura da franquia. Não só falha com a falta personalidade no longa, mas também em tornar as lutas, o maior foco, em combates interessantes. Poucas realmente entretém o espectador e fica aquela sensação de que poderia ter sido muito melhor.