Introdução
Neste momento, nosso site traz Skydrift que é um jogo arcade de corrida que não costuma aparecer com frequência. As disputas são feitas com aviões em modos de jogo single player e multiplayer online, e alguns elementos lembram jogos como Diddy Kong Racing, clássico de Nintendo 64 mas o estilo em si também refere-se a títulos como F-zero e Wipeout.
Decerto que o marcante está no estilo de combate com armas de fogo presente como um dos modos de gameplay. Dessa forma, o jogador pode abater outros aviões para facilitar a vitória nas provas, como também se proteger dos ataques inimigos.
Ademais, o jogo foi criado pela finada Digital Reality, lançado em 2011 pela mesma em parceria com as publishers HandyGames e Namco Bandai.
Skydrift está presente apenas no PC Windows. Aproveite e confira também uma outra análise de um jogo indie arcade de corrida.
Conteúdo de jogo
À princípo, Skydrift se mostra com uma gama alta de modelos distintos de aviões. São 15 opções no total, onde o jogador ganha acesso à maioria à medida em que o jogador avança na campanha principal.

Em se tratando da campanha, o jogador avança por 5 provas distintas inclusas em cada um dos sete estágios. Não é possível avançar pelos estágios sem que haja uma pontuação mínima que no geral se adquire ao alcançar o pódio. Assim, as provas se passam sobre relevos diversos muitas vezes mesclados com construções urbanas ou de indústria.

Outros modos de jogo incluem tanto multiplayer local como online. Nesse sentido, pode-se jogar com amigos em disputas fechadas como duelo em combate armado, bem como corrida pela vitória usando armas de fogo para atrapalhar o adversário tanto quanto provas para decidir o mais veloz até a linha de chegada. Logo, o modo multiplayer funciona sem problemas sendo o único viés a falta de adesão de jogadores por ser um jogo indie não tão visado.

De todo o modo, não existe um enredo por trás deste título. Isso torna o gameplay um pouco vazio de propósito como se o jogo não tivesse um espírito que motive as pessoas a jogar. Jogo pelo jogo nem sempre anima se não houver uma construção narrativa por trás, e é infeliz ver que há potencial para isso mas faltou vontade.
Visuais aéreos e pilotagem
Com certeza, as skins e os modelos das naves são o destaque de Skydrift. O nível de detalhes de cada um dos veículos atrai e a estética da maioria é de um futuro ficcional, mas o jogo não deixa de mostrar algumas unidades baseadas em aviões reais.
Além do mais, não é difícil encontrar a nave que se adeque a cada modo de se jogar com o auxílio da lista de atributos que difere entre as unidades.
Em se tratando de pilotar as naves, o jogo possui apenas a visão em terceira pessoa mas ainda assim é muito imersivo e empolga bastante. Certamente, caberia outras opções de câmera tornando mais dinâmica a forma de se pilotar e seria um agrado a mais aos fãs de corrida.
Apesar de ser muito gratificante pilotar os aviões, há uma falha grave em como o jogo obriga que um caminho fechado seja seguido. Claramente que poderia haver um campo maior e mais livre para se navegar pelos cenários. Porém, os devs criaram paredes invisíveis que muito mais atrapalham do que ajudam, vezes causando erro de direção e batidas frustrantes.

De qualquer forma, os ambientes são super bem feitos, com fenômenos ocorrendo nas disputas. Há momentos em que o o jogo aumenta o grau de desafio onde um vulcão explodirá e lançará pedras no caminho, ou chuva de pedras cairá de locais rochosos como também construções irão desabar em certos momentos.
Ao mesmo tempo, os pilotos guerreiam entre si para alcançar a linha de chegada. Durante as provas o jogador encontrará ícones de armas (rajada de tiros, mísseis e bombas), proteção contra ataques e a manutenção de danos tomados.
Sonoridade
De acordo com as faixas de Skydrift, o jogo traz um acervo que condiz bem com o gameplay. Da mesma forma que temos o ambiente de disputa e tensão com as corridas em alta velocidade e combates violentos entre os aviões, as trilhas não poderiam ser diferentes.
Todas as músicas inflamam a imersão durante as provas e tornam toda a experiência muito divertida. Desse modo, não existe coro ou qualquer tipo de música cantada. Em outras palavras, todas as trilhas se atém a arranjos de diversos estilos de rock, trash, metal, hardrock, sejam com solo de guitarra ou baixo ou estas em sequências instrumentais com belas performances de bateria.
Em contrapartida, toda a lista musical serve apenas como um bônus. Nenhuma das músicas causarão um marco ao ouvir, mesmo com um acervo bem diverso como esse.
Linha de chegada
Ao passo que o título em questão não pareça ser o que é de início, impressiona a dedicação da equipe de produção nele. Tanto nos detalhes dos veículos e dos cenários, como também chama a atenção o dinamismo construído durante as disputas, tudo isso em um jogo indie.
Sobre a dinâmica, isso se refere ao jogador precisar atentar para que não sofra batidas ou seja abatido pelos adversários, podendo perder a chance de cruzar a linha de chegada nas primeiras posições.
Então, Skydrift passa a impressão inicial de ser apenas mais um jogo comum de corrida. Por outro lado, é quando o jogador avança nos estágios é que o game mostra que tem muita coisa bem pensada e executada em suas estruturas. Quem for fã do estilo verá a si próprio criando um apego a ele. Certamente, terá boas horas de diversão seja em single player, multiplayer local ou online.
Contudo, é provável que pessoas mais exigentes não se interessem tanto pelo título e enxerguem muitas falhas que talvez não sejam vistas em outros como Forza ou Need for Speed. Mas essa não parece ser a proposta deste que, apesar de ótimos visuais, veio apenas para adicionar um pouco de diversão em horas vagas.