Introdução
Nos dias de hoje, quando o assunto é entreter, o mercado dos videogames é o maior do mundo ! A indústria dos games é gigante e não para de crescer, porém, o caminho foi longo, cheio de inovação e tecnologia.
Tendo em vista toda a magnitude da indústria dos jogos virtuais, é frequente a afirmação de que videogames tem como principal função a diversão. Isso faz muito sentido e é uma afirmação verdadeira, contudo, ela é passível de questionamentos.
Uma longa história
A história dos games começa lá em 1950 com o lançamento de um dos primeiros jogos eletrônicos, o Bertie the Brain! Desenvolvido pelo cientista Josef Kate, o jogo simulava um jogo da velha contra uma inteligência artificial. Temos ainda o Tennis for Two, criado pelo físico William Higinbotham e lançado em 1958, o jogo simulava uma partida de tênis, que acontecia em um computador analógico enorme.
Posteriormente outros computadores e videogames foram surgindo, passando pelo Magnavox Odyssey, que foi o primeiro console da história, até chegar no famoso e divertido ATARI, responsável pelo primeiro grande sucesso dos videogames.
Sem esquecer da grande rivalidade entre a Nintendo e a SEGA, e seus queridos mascotes que marcaram época. Dessa forma os videogames foram evoluindo até atingirem seu estado atual.
Certamente a história dos games é cheia de inovação e personagens marcantes, é ainda mais interessante pensar que tudo começou com um experimento cientifico, e se tornou a maior indústria de entretenimento do planeta Terra.
Jogos são arte!
De experimentos científicos para obras de arte! Hoje os jogos mexem com nossas emoções e nos fazem refletir sobre a nossa sociedade, além, é claro, de nos divertir por horas e horas a fio. Definitivamente os jogos eletrônicos se tornaram arte e isso leva tudo para outro patamar, pois a partir de agora um leque de possibilidades surge.
No entanto, ser arte não é grande coisa, a definição da mesma se tonou extremamente ampla e mutável (o que não é ruim). Portanto, as histórias estão ficando mais complexas e profundas, se antes o foco era a diversão, hoje a mídia dos jogos está se tornando um “ambiente” para experienciar sensações e vivenciar histórias, e não, exclusivamente, para nos divertir.
Death Stranding e The Last of Us Part 2
Death Stranding, a mais recente obra de Hideo Kojima foi um divisor de águas. Acompanhar a jornada de Sam Porter Bridges pode ser, ao mesmo tempo, magnifica e entediante. Frequentemente o jogador fará entregas atrás de entregas, ou seja, será preciso caminhar muito e, aos poucos, detalhes da história são apresentados.
No entanto, ao olharmos com atenção, Death Stranding cria um mundo onde vemos belas paisagens, ouvimos esplêndidas músicas e acompanhamos uma história cheia de metáforas. Em outras palavras, estamos consumindo diferentes formas de arte!
Analogamente, The Last of Us Part 2 divide opiniões, porém, assumo que em minha experiência não me diverti nenhum pouco, isso ocorreu porque a história do game é triste e sacrifica a diversão para passar uma mensagem. Afinal The Last of Us Part 2 representa o grande potencial dos videogames quando o assunto é passar um sentimento e contar uma história.
As mecânicas, o tremer do controle, o peso de matar um inimigo, a trilha sonora, o roteiro, tudo isso construído para passar uma sensação e dar o ritmo do jogo. Simplesmente, arte!
Videogames são sobre experiências!
Se diversão for entreter, então videogames são sobre diversão! Contudo, não podemos esperar que todos os jogos sejam felizes ou nos passem uma sensação boa. É preciso entender o potencial dos videogames em contar uma história e criar uma experiência interativa.
Não quero o fim da diversão, não sou louco! Apenas acredito que é preciso entender que os videogames têm um lindo futuro, jogos são formas de expressão poderosas e não podemos limita-las.
Ainda procuro uma palavra para explicar a sensação de jogar videogame. Por enquanto, não estou convencido de que “diversão” seja ela.
Por fim, deixo aqui um questionamento: o que faz um bom videogame?