Introdução
Todo mundo tem aquele jogo do coração. Aquele jogo que trouxe diversas emoções ao jogador. E, na maioria desses casos, o jogo de coração conquistou não apenas um, mas vários corações. Dessa forma, deixaram um legado que gerará lembranças e sentimento de nostalgia por gerações. Também, são aqueles títulos que sempre podem voltar que vamos jogar. Em uma era de remakes, remasters e reboots, vale à pena falar de jogos clássicos e como eles influenciam não apenas nós, mas jogos que viriam depois.
Vamos definir um clássico
Primeiramente, vamos deixar claro que o que diremos não é algo arbitrário. Pelo contrário, apenas estamos tentando chegar a um senso comum. Ter a definição do que é um clássico. Assim, poderemos conversar melhor sobre o assunto. Depois, não pretendemos dizer aqui quais jogos possuem o título de clássico. Afinal, com o que apresentaremos, quem poderá dizer melhor isso é o leitor. Evidentemente, usaremos alguns exemplos. Porém, acreditamos que ao ler o título você já saberia quais jogos citaremos.
Clássico são aqueles jogos que sempre estaremos jogando
A primeira definição (ou tentativa de definição) vale para todo mundo que se acha gamer. Aqui, joguinho clássico é aquele que o jogador sempre voltará a jogar. Aquele título, que até de forma despretensiosa, será jogado. Ainda, aquele que sempre tem uma coletânea maneira que acabamos comprando a cada geração. Sabe aquele Mario All Stars? Ou aquela coletânea da SEGA? Sim, se encaixam aqui perfeitamente.

Dizem que os clássicos fazem parte do tipo “há quem ame e há quem goste”.
Você pode dizer: “Eu conheço um amigo do primo da ex do cunhado do meu irmão que não gosta de Sonic”. Nós apenas podemos dizer que é exceção que justifica a regra. Mas vamos além. Nesta definição, envolve mais do que o jogador costumeiro. Envolve pessoas que nem curtem tanto assim jogos, mas simpatizam com certas figuras. Agora, me reservo no direito de mencionar Pokémon. Muita gente que nunca pegou num controle curte o joguinho de monstros não pelo desenho. Porém, são jogadores extremos de sua versão mobile: Pokémon Go.
O joguinho de monstros para celular conseguiu atrair pessoas que jamais teriam paciência para jogar um videogame. Contudo, tudo isso só foi possível pela forma que a franquia da Nintendo se consolidou em todos esses anos. Você pode conhecer uma pessoa que nunca jogou/terminou um Pokémon, mas conhece muito a respeito do Pikachu e sua turma.

O clássico é inesquecível e influência outros títulos
Para encerrar o tópico de definição, nada melhor que essa. Falamos acima sobre os monstrinhos de bolso que foram criados nos anos 90 e agradam gerações sem muitas mudanças entre seus títulos. Entretanto, mais antigo que isso, temos os jogos de plataforma side scrolling que fizeram bastante sucesso já nos 80.
O mais interessante é que hoje, muitos jogos indie ainda utilizam essas formas antigas de jogo para plataformas atuais. Fica difícil citar exemplos aqui dada a quantidade enorme de clássicos que influenciaram não apenas um gênero, mas toda a indústria gamer.
Além de tudo, citar exemplos seria injusto com o fator inesquecível. Pois, cada jogador tem seu jogo do coração, aquele o conquistou de tal forma que tudo relacionado a ele o agrada. Aquele joguinho que se tem memória afetiva. Por essa razão, não nos cabe aqui citar, mas cabe ao leitor lembrar (e sorrir) daquele jogo que está eternizado em sua memória.

Os clássicos inspiram
Provavelmente, caro leitor, você deve ter aquele game que chamamos de “game conforto”. Pois, esse jogo lhe proporciona sempre diversão toda vez que joga. Mesmo sabendo todo detalhe e todo segredo ali. Claro, que esse jogo com certeza é um clássico. Porque ele inspira o jogador a sempre revisitá-lo. E toda vez que o jogador volta ele experimenta algo novo. Ainda que o jogo lhe seja bem conhecido.
E ele não inspira apenas o jogador. Também, outros jogos. Quantos jogos seguiram modelos de jogos consagrados? Até mesmo, empresas rivais podem ter bebido da fonte de um clássico de um concorrente. E não há problema nisso. Afinal, o importante é a diversão do jogador. E um clássico gera semelhantes seus. A série do robozinho azul da Capcom, Megaman, inspirou diversos jogos no mesmo estilo. Dos quais lembramos o 20XX (o próprio nome já referência a série) e Metaloid.

Toda jogada de um clássico é uma nova descoberta
“Ah, mas você falou que o jogador ali de cima conhecia todos os segredos”. Calma lá, consagrado. Pois, há uma razão ao título deste tópico. Voltando ao jogo conforto. Mesmo que se conheça tudo, vai jogar do mesmo jeito?
Antes de responder, vamos pensar no caso dos speedrunners. Eles possuem um conhecimento grande do título que eles se propõem a terminar o mais rápido possível. Porém, ele não somente tentam novas alternativas de caminhos, modos de derrotar chefes, mas também, descobrem por acidente um novo atalho e toda a comunidade fica em polvorosa tentando reproduzir aquele feito. E perguntamos de novo: Uma jogada é igual a outra?
Além de tudo, para nós que não jogamos correndo, revisitamos certos cartuchos/fitas/discos/arquivos em diferentes momentos da nossa vida e o curtimos de forma diferente. Para jogadores dos tempos antigos, jogar um jogo de sua infância, agora adulto, lhe traz uma experiência totalmente nova. Pois, na vida adulta, não é mais uma novidade, mas uma descoberta de sentimento de nostalgia. Também, com mais experiência de vida e em jogos, uma descoberta do jogo com um novo olhar. Já passou por essa sensação?

Clássico é aquele que persiste
Não importa de qual comunidade gamer alguém pertença, existirá aquele clássico que sempre é lembrado com carinho. Também, ele sempre volta para matarmos a saudade. Por exemplo, os fãs da SEGA recebem a cada geração uma coletânea de games da empresa. Mario All-Stars é outro exemplo. Capcom sempre lança coletâneas de Street Fighter e de outras franquias.
Não podemos esquecer dos mini consoles que encantam gamers idosos e apresentam para as novas gerações de onde começou toda essa jornada no mundo do entretenimento de jogos eletrônicos. Com todo esse material, os clássicos se mantém vivos para que possamos relembrar e que outros possam os conhecer.

Jogue os clássicos
Isso mesmo, jogue os clássicos. Mas quais clássicos? Os seus! Com tudo que vimos até aqui, percebemos que clássicos são mais do que jogos famosos. São jogos que nos marcam. Pois, nos emocionam, nos acompanham na nossa trajetória da vida. Não importa quando nascemos ou quais gerações vivemos. Por isso, pegue aquele seu joguinho favorito e jogue, mesmo que o tenha terminado diversas vezes. Com certeza, na próxima vez, ainda te trará felicidade.
*Artigo inspirado em “Por que ler os clássicos” de Italo Calvino.