Introdução
Jogos de videogame são ótimos, isso ninguém discorda. Mas, numa mídia que existe há décadas, há alguns produtos que não caíram muito bem no gosto do público. Ou até caíram, mas depois foram deixados pra lá. Apesar de serem ruins, são bons. Aquele tipo de jogo que odiamos amar. Isso mesmo que você leu.
Esqueça títulos que são considerados ruins por todo mundo. Vamos falar de jogos que são amados por poucos e odiados por muitos. Isso não os faz ruins, apenas jogos que amamos no sigilo e ficamos encantados quando encontramos mais uma pessoa que gosta e criamos uma comunidade de dois membros.
Fique livre para discordar ou não. Apenas lembre que é um texto de humor e não queremos diminuir franquias aqui, apenas brincar com estereótipos.
Puyo Puyo
Eu sei que o está pensando: “o que esse jogo tem de ruim? “. Bem, estamos aqui para comentar sobre isso, não? Mas, antes disso, vamos lembrar de que é um clássico. Veio no embalo de Tetris e criou um padrão próprio. Tem um monte fã, principalmente os portadores de consoles portáteis. Inclusive, temos análise de um crossover dele com Tetris. Pode ver, clicando aqui.
Por que é ruim?
Ele te engana dando a entender que é um jogo simples. Porém, precisa de PhD para fazer um combinho básico de 5 hits. Te põe no modo desespero quando o inimigo faz um combo qualquer, pressão psicológica mais do que a vida real. Por fim, um belo destruidor de amizades no modo multi-player local.
Por que amamos?
Porque é loko. Por mais difícil que seja aprender as mecânicas, o processo é divertido e sempre queremos revanche, seja contra a CPU, seja contra o amiguinho. O ponto alto é quando fazemos aquele combo sem ter a mínima noção do que fizemos até ali. Recomendado para pessoas que se acham profissionais de Tetris.
Battletoads
Vez ou outra vemos a menção desse jogo por aí. Principalmente, por aqueles que dizem ter terminado o jogo alegando que os games de hoje em dia são fáceis. Em verdade eu vos digo, caros leitores, em toda a minha vida só vi duas pessoas terminarem esse troço. Você já viu Battletoads 2 em algum lugar? Claro que não. No máximo versões corrigidas do original e aquele crossover com Double Dragon. Tem gente até hoje tentando terminar o primeiro game.
Por que é ruim?
Primeiro, porque todo reclamão de Internet diz que terminou o jogo. Mas sabemos a verdade de que nem passaram da fase da motinha. O jogo não sabe a que gênero pertence : plataforma ou beat’n up. O cooperativo te atrapalha mais do que ajuda. Pra piorar, você pode escolher um modo em que os amiguinhos podem bater em si. Se você não viu alguém terminar sozinho, em dupla que não verá mesmo.
Por que amamos?
Sapos irados batendo em tudo em que vê pela frente. Quer mais? Eles têm chifres! Dão um pé na bunda dos inimigos com botas gigantes. Sapos que sobem em cobras, andam de moto e descem de rapel. Desafio desafiador. Além disso tudo, se passar de uma fase já pode contar vantagem na roda dos amiguinhos que derrotou um chefão de Battletoads.
Visual novels, histórias interativas e afins.
Bem controverso. Ainda mais porque o gênero é mais antigo do que tudo. Não sei dizer exatamente quando nasceu, mas temos vários exemplos clássicos que remontam períodos ancestrais dos games. Quem lembra de Dragons lair?
Por que é ruim?
Decoreba pura. Parece até uns joguinhos antigos… Você fica perdido em que caminho tomou e qual deve tomar. Não sabe se o final que tá fazendo é o verdadeiro e no fim, seu jogo acaba sendo um efeito borboleta fora de controle com o mesmo final genérico que te mostra que você poderia jogar melhor.
Por que amamos?
Esse tipo de jogo possui normalmente um visual maravilhoso. Ainda, ótimas histórias e um fator replay exaustivo no bom sentido. Sem perceber, perdemos horas tentando ver todas as possibilidades. A sensação de fazer o final verdadeiro é sem dúvida recompensadora.
Jogos de luta
Me dói falar desse gênero aqui. Pois, vivi seu auge na era dos fliperamas. Apanhei muito, tanto no jogo quanto fora dele. Isso explica porque algumas mães não gostavam de seus filhos ali. Com o sucesso de Street Fighter 2, outros títulos vieram em seguida e marcaram a juventude de muito velho barbado como eu. Porém, com a queda dos fliperamas, esse segmento ficou no ostracismo até que, mais uma vez, Street Fighter com seu quarto jogo colocou o gênero em evidência novamente.
Por que é ruim?
Possui uma curva de aprendizado maior do que outros tipos de jogo. É comando especial, frame data e um monte de termo complicado. Pior ainda, se você é das antigas, agora tem de aprender os “termos internacionais” e perder toda a bagagem cultural daquele fliperama de bar. Pra piorar, é humilhação constante. Você entra numa luta, cara a cara com o adversário, perde e ele sabe quem você é. Diferente de outros jogos competitivos, nunca se esteve tão ligado ao seu oponente como nos jogos de luta. Quando perde, você tem a sensação de que o adversário estar rindo de você.
Por que amamos?
Nos sentimos protagonista de animes shounen. Independente de ganhar ou perder, temos lutas emocionantes em que basta não apenas técnica e habilidade, mas pensamento rápido para tomada de decisões. Além disso, ainda aprendemos como fazer leitura de nossos adversários. Assim, tentamos adiantar seus movimentos, identificamos padrões e tentamos contra atacar da forma mais efetiva. A FGC é uma comunidade bem unida. Dessa forma, do seu oponente, pode vir a ser um amigo e um parceiro de treino/jogo.
Souls like
Podem vir com as pedras. Jogo ruim entra nesta lista sim. Um gênero que leva o nome de seu maior referencial. Pois trouxe toda uma nova forma de jogar e criou um novo segmento de jogadores. Pessoas que gostam de apanhar.
Por que é ruim?
Porque é jogo de masoquista. Dá dois passos, morre. Perde tudo. Recupera, morre de novo. Se a pessoa conseguisse jogar sem morrer, ia zerar em 30 minutos. Porque a tela mais vista é a de game over. Simulador de stress e gerador de frustração.
Por que vocês amam?
Vocês amam. Porque eu não tenho tendência a auto mutilação. Jogos que elevam o desafio para os gamers mais habilidosos. Geralmente, possuem histórias bacanas e gráficos lindos. Sempre dá aquele gostinho de quero mais ou de “dessa vez eu mato esse infeliz”. Ainda que se veja muito game over, a diversão está justamente em superar os próprios limites.
O seu jogo é Ruim, o meu não
Todos jogos podem ser bons ou ruins dependendo da perspectiva. Mas o importante é se divertir. Se você gosta de algum gênero, franquia, etc., caia de cabeça e jogue enquanto tiver vontade. Games nos proporcionam experiências únicas. O coleguinha pode achar ruim, mas o importante é que você acha. Brincamos aqui sobre jogos e franquias que estão longe de terem o título “ruim”. Apenas para descontrair. Espero que tenha gostado e que continue jogando videogame.