Introdução
Todo final de outubro comentamos sobre o Halloween. Apesar de não constar na lista de feriados brasileiros, a galera da terra tupiniquim se amarra nessa celebração. Também pudera! Uma época que temos a permissão de nos vestirmos que nem loko na rua. Para trazer mais diversão, a indústria do entretenimento nos fornece não apenas filmes, mas jogos com temática de terror.
Por eu ser de épocas de outrora, comentarei sobre alguns jogos considerados retrô e de terror. Não proponho fazer um ranking para determinar o melhor. Porém, pretendo comentar sobre jogos que deram seus sustos em épocas que pixels e polígonos de caixa de fósforo eram a sensação. Ano passado, abordei o mesmo tema. Então, quem sabe vira uma tradição? Você pode ver aqui, mas só se você quiser.
Clock Tower
Um jogo de terror de point & click lançado para Super Nintendo em 1995. Possui diversos finais com uma história de arrepiar os cabelos da nuca. Assim, é tão difícil quanto assustador. Não há batalhas, as únicas opções são fugir e ter medo. Vou evitar de contar a história e recomendar que jogue o game. Não vai se arrepender. Ainda mais que a história não é das mais simples.
- Nunca foi lançado oficialmente fora do Japão. Mas, devido a sua qualidade de história e gameplay, existem diversas traduções em várias línguas, incluindo em português;
- Também foi portado para o Wonderswan, um portátil que não fez sucesso, mas teve seu reconhecimento no Japão;
- A versão de Playstation possui um mangá que vem junto com um guia do jogo.
Master of Darkness
Nintendinho tinha seus jogos de terror. Incluindo a série Castlevania. A SEGA com seu Master System precisava de um jogo à altura e que passasse a mesma sensação de horror e desafio. Falando em desafio, bater de frente com série da família Belmont era uma tarefa árdua. Porém, com todos os contras, o console de 8-bit da SEGA conseguiu. E assim nasceu Master of Darkness.
Gostaríamos de dizer que foi apenas inspirado em Castlevania. Contudo, o jogo só não foi produzido pela Konami, mas segue bem forte o estilo caçador de vampiro. Apesar de o personagem principal ser um parapsicólogo. Assim, na sua empreitada, terá de lidar com figuras comuns.
- Apesar de se espelhar em Castlevania, o título não tem a mesma dificuldade elevada. Porém, não quer dizer necessariamente que há facilidade no jogo;
- Além de Drácula (vampiros estavam na moda na época), o jogador enfrenta várias figuras conhecidas como Jack o Estripador;
- Por ser lançado no final da vida do console, em 1992, Master of Darkness teve gráficos e jogabilidade surpreendentes para época. Ainda mais se levarmos em conta a limitação do console tanto para visual quanto para controle (para quem não lembra, os controles não tinham start e para pausar, teria que apertar o botão de pausa no console).
Fatal Frame
Aproveitando o lançamento do remaster do terror japonês Fatal Frame: Maiden of Black Water, vamos falar do episódio da série menos citado: o primeiro. Confesso que até na época, tive dificuldade de encontrar o primeiro título da série. Para piorar, só soube da existência da série por causa do segundo título da série: Crimson Butterfly.
Sua história é cheia de mistérios e folclore japonês. Ainda que tenha uma jogabilidade diferenciada (o uso da câmera para enfrentar fantasmas), seu estilo se aproxima mais de um survival horror. Mesmo que esse título não tenha a mesma popularidade de seu sucessor, ele deixa o mais corajoso dos jogadores dormir de luzes acesas. Eu nem jogo que é para não pagar a conta de luz alta.
- No Japão, seu nome é Project Zero. Pois, ‘Zero’ é uma referência na terra do sol nascente sobre tirar fotos. Assim como ‘frame’ é para os falantes de língua inglesa;
- A expressão “based on a true story” (“baseado em uma história real” – em uma tradução livre) aparece apenas nas capas ocidentais do jogo. Porém, o jogo foi inspirado em lendas urbanas japonesas, conforme confirmado pelo seu criador;
- Por ser o primeiro da franquia, é o único que não tem um final com tema musical.
Qualquer Zelda de Nintendo 64
Zelda fofinho? Não no Nintendo 64. Tanto o Ocarina of Time quanto o Majora’s Mask vão fazer você aprender a rezar mesmo sendo ateu.
E sem contar as creepypasta que tinha umas histórias cabulosa. Inclusive, uma muito parecida com a de um amigo meu quando ele comprou o Ocarina of Time dele. Ainda bem que não era amaldiçoado. Eu queria achar o primeiro site que li a história do cartucho amaldiçoado. Porque, à medida que ia lendo a história, a página ficava escura. Mas, pode ler aqui, caso não tenha visto.
Continue no Terror
Eu sempre falo que jogos de videogame são fantásticos. Pois, podemos ter experiências incríveis, inclusive assustadoras. Infelizmente, o gênero de terror não é tão popular nos games quanto nos filmes. Entretanto, já ganhou bastante espaço. Aproveite esta época e pegue aquele seu terrozim do coração e passe alguns sustos.