Introdução
Em The Artful Escape temos o garoto músico Francis Vendetti dividido entre ser Upside Down (Jack Johnson) ou ser Born To Be Wild (Steppenwolf). Em outras palavras, Francis é sobrinho do lendário cantor de folk music Johnson Vendetti e se vê preso na sombra do tio sem saber se mantém seu legado ou arrisca um estilo próprio. Para decidir, fará uma viagem fantástica psicodélica do mundo da música jamais vista antes.
Sendo assim, o jogo é uma aventura de plataforma 2D musical feito pela Beethoven & Dinosaur (página do jogo) com vozes de atores famosos com Carl Weathers, belos cenários sem pudor para cores e muito som de guitarra.
The Artful Escape é mais um grande lançamento indie da Annapurna Interactive. Logo, já está pronto pra jogar desde o dia 9 de Setembro/21, para PC Windows, Linux, Mac OS, Xbox Series X/S, Xbox One, iOS. Já está no Gamepass PC ou Xbox.
Aliás, aproveite e dê uma olhada em um artigo nosso sobre jogos musicais, aqui.
Background da música
De acordo com o plot musical de The Artful Escape, temos o jovem músico Francis que está para participar de um evento de música em homenagem ao seu tio, a lenda do folk Jonhson Vendetti. Desse modo, o show irá acontecer em uma cidade (fictícia) chamada Calypso, em Colorado – EUA. Tudo estava decidido e certo até que o garoto encontra uma garota envolta em mistérios chamada Violetta, enquanto testava um solo de guitarra.

Durante a conversa ela questiona que o rapaz se veste de um estilo, mas mostra um som de outro muito diferente. Em seguida, os dois seguem para um pequeno palco montado com aparelhagem de som, onde Violetta pede para que Francis mostre um pouco do que sabe com a guitarra. Quando o garoto finalmente mostra o seu eu “estranho” através das notas, sua nova amiga vê seu potencial.
Logo, ela pergunta se Francis tem medo de chegar ao topo de uma grande árvore, e ele responde que nuca tentou escalar. Já no alto, Violetta diz para que o jovem músico tente se transformar em algo distinto de seu tio, já que não gosta da ideia de viver em sua sombra. Por isso, ela pede para que se reencontrem na oficina de Lightman, que sempre esteve em Calýpso mas Francis nunca percebeu.

Sendo assim, ao voltar para sua casa em Calypso, tudo que Violetta lhe disse o deixa sonhando acordado. Na noite próxima, uma criatura perambula pela cidade. Logo depois, alguém bate à porta. A seguir, ele se depara com o inimaginável, um ser que se apresenta como Zomm. A criatura diz ser um arauto da condenação e calamidade, e veio buscar Francis para substituir um ajudante ausente, sob ordem de seu chefe Lightman.
O extraordinário cósmico
No momento em que Francis busca saber quem seria Lightman e se ele tem a ver com o que Violetta mencionou, Zomm entrega uma roupa bem estilo futurista. Como também uma guitarra, vinda de uma outra dimensão. Dessa forma, o garoto mostra o seu som e o alien diz que ele está entrando em sintonia com com outra dimensão. Logo após acender todas as luzes da cidade correndo e tocando pela sua cidade, Francis se encontra com Lightman.
Após se apresentar, Lightman testa as habilidades do jovem e confirma sua aptidão musical. Sendo assim, o novo herói da música é levado para a oficina do velho músico, onde este apresenta um Universo paralelo impossível, psicodélico, cósmico e muito sonoro, o Cosmic Extraordinary.
Por fim, Lightman diz que Francis precisar encontrar seu lar, o Cosmic Lung, por onde o velho viaja por diversos planetas. Porém, no Cosmic Extraordinary cada músico segue seu próprio caminho, e o garoto terá que chegar no seu destino por conta própria.

Play & Play
Em Artful Escape a jogabilidade e a música andam de mãos dadas. De todo o modo, nada se mostra muito complexo na qual tudo se limita a momentos de jogo de plataforma ao saltar buracos durante o trajeto. Bem como tocar guitarra para influenciar os arredores e interagir com pessoas e o cenário em si.
Ao passo que Francis transita pelos ambientes cósmicos, e quando possível, sua guitarra tocará trechos diferentes que marcam o lugar onde está. Reflexos no ambiente irão surgir à medida em que o som do instrumento avança e enquanto o jogador explora os estágios.
Além disso, algo que se aproxima a uma batalha são as disputas sonoras onde o jogador precisa acionar os comandos do gamepad para tocar notas condizentes com o que é mostrado no jogo. Isso pode ocorrer tanto contra outros personagens, como também com as criaturas que surgem durante o gameplay.

Decerto que a qualidade sonora do jogo é uma das grandes vantagens deste título. Todas as performances empolgam e incentivam o jogador a querer saber mais e mais o que o jogo tem a mostrar.
Além disso, outra coisa muito interessante da parte sonora está nas vozes dos personagens. Ninguém menos que Lena Headey (Cersei Lannister – Game of Thrones) assume a voz da entidade Tastemaker, e também Carl Weathers (Greef Karga – Mandalorian) interpreta o músico espacial Lightman.
The Artful Psicodelia
Como no trecho de música “Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que não sei de onde/Cores de Almodóvar/Cores de Frida Kahlo/Cores!” (CALCANHOTO, 1992), existem cores aos montes em The Artful Escape. Dessa maneira, é tudo bastante iluminado, neon, fluorescente, arco-íris, uma viagem de tons distintos que enriquecem o cenário.

Os ambientes em sua base já são bem bonitos, com ricos detalhes em cada canto e o background dos estágios cósmicos são longínquos ao ponto de causar hipnose. Além do mais, em diversos momentos quando Francis toca sua guitarra, explosões e feitos ainda mais belos e coloridos surgem.
Um grande trabalho foi feito com a sincronia dos visuais e a música, e apesar do gameplay simples, todos os efeitos ligados a isso são cativantes.
Refrão final de The Artful Escape
Em se tratando do que The Artful Escape se propõe, muita promessa foi feita quando foi anunciado. O título se mostrava como um grande lançamento musical pelas cenas super dramáticas de música. Somado a isso, criaturas colossais e naves espaciais atravessando os céus enquanto uma guitarra explodia em grandes trilhas sonoras.
Como resultado, é um jogo on rails com início e fim de fases bem determinados. Apesar de bem descontraído, o foco ficou todo em cima da narrativa da história e dos personagens. Nitidamente se vê a decisão de que o foco não seria na jogabilidade, o que frustra um pouco pelo potencial que uma produção dessas pode ter.
Em suma, é um jogo mediano com uma história muito interessante que vale à pena testar. Porém, pode ser que entre no esquecimento em pouco tempo, para muitos.