Os melhores de 2021!
Não existe sensação mais gostosa do que olhar para trás e lembrar quais foram os jogos que marcaram seu ano. Isto é, as obras que marcam nossa vida de alguma maneira e nos fazem sentir vivos quando estamos nos divertindo. Afinal, com tantos títulos que saem por dia, é bem difícil acompanhar todos eles. Por isso, essa lista é para exaltar os meus melhores de 2021.
É claro que não consegui todos os grandes sucessos, muito menos os diversos indies que gostaria, mas com certeza foi o ano que eu joguei mais títulos em toda a minha vida. O fato de ter começado a escrever para o site ajudou bastante nisso. Inclusive, trato esse texto como meu aniversário de um ano aqui dentro, com essa equipe top!
Antes de tudo, quero deixar claro que os jogos citados nessa lista não são os melhores na parte técnica. Na verdade, ela leva muito mais em conta o sentimento que o jogo passou durante sua jogatina do que a parte técnica. Afinal, um jogo bom é aquele que te deixa feliz e satisfeito com o produto, mesmo que ele não seja nem perto da perfeição.
Agora, sem mais enrolação, vamos para a lista dos melhores de 2021!
10 – Dandy Ace
Para quem não sabe, eu sou viciado no gênero Roguelike e sempre fico de olho nos lançamentos. Quando eu vi que uma empresa brasileira estava fazendo um jogo do meu gênero favorito eu liguei o alerta. Em seguida, fiquei sabendo que eu faria a análise do jogo, o que foi ainda melhor.
Para a minha surpresa, o jogo é realmente divertido. Não que eu não acreditasse que os brasileiros não conseguiriam fazer um bom jogo, mas a falta de títulos nacionais no mercado preocupou. O que se provou uma preocupação inútil quando eu comecei a jogar Dandy Ace. A obra tem clara inspiração em Hades (meu roguelike favorito) e possui uma jogabilidade muito fluida e diversas combinações de habilidades. Para coroar o lançamento, o jogo é inteiramente dublado por streamers/youtubers brasileiros famosos e que se dedicaram para o projeto e fizeram um bom trabalho.
Com um foco na criação de diversas builds, Dandy Ace foi uma surpresa e agora está na estante da indústria brasileira como um dos melhores jogos brasileiros já feitos e, por isso, merece muito estar nessa lista dos melhores de 2021!
Para ler minha análise (e da Nana) de Dandy Ace, basta clicar aqui!
9 – Unsighted
Outra surpresa brasileira! Dessa vez, foi ainda maior do que a surpresa do Dandy Ace. Isto é, eu havia jogado Unsighted em uma BIG (Brazil’s Independent Festival) de 2018 que fui, mas, naquela época, ainda nem estava intitulado como Unsighted e, muito menos, estava tão completo quanto o jogo é. Para completar o combo, o jogo é desenvolvido por duas mulheres, enfrentando todas as barreiras possíveis na indústria.
A obra é um jogo de ação com vista top-down, com uma boa dose de RPG, inspirações em Dark Souls e Metroidvania misturados em uma pixel art linda e com animações fluidas. Todos esses elementos unidos ao belo tom de representatividade que o jogo aborda e trata com muita seriedade, Unsighted se torna uma Ode aos jogos brasileiros, uma verdadeira referência para todos aqueles que não acreditam que é possível. Unsighted, acima de tudo, mostra que nada é impossível. Com certeza, um dos melhores de 2021.
Para ler minha análise de Unsighted, clique aqui!
8 – Returnal
Bom, como eu havia dito, eu amo Roguelikes. O melhor de tudo para mim em Returnal é ver que ele saiu como um dos poucos exclusivos do Playstation 5 no seu primeiro ano de vida. Um jogo com bastante orçamento, bem maior do que é comum no cenário independente, apostar nesse gênero que é muito mais de nicho do que a maioria dos outros exclusivos da Sony.
E, mesmo que o foco do jogo e seu brilho esteja mesmo na jogabilidade, a história de Returnal tem profundidade e detalhes, seguindo o roteiro dos jogos mais cinematográficos que a empresa propõe. Confesso que antes de ver o primeiro gameplay do jogo, ele não tinha me chamado atenção, até porque não se sabia sobre o que realmente era o título. Porém, quando foi mostrado que seria um Roguelike, eu fiquei animado e cogitei comprar o PS5 só por ele.
Enfim, ele é uma ótima porta de entrada para novos jogadores ao gênero, com uma jogabilidade muito refinada e boa, gráficos lindos, ambientação convincente e, apesar de que o jogo te prendia nele não te dando a opção de sair dele antes de terminar uma tentativa, recentemente ele recebeu um update que permite que o jogador salve e pare no meio da tentativa, fazendo com que o jogo fique menos cansativo.
Para ler a análise de Returnal feita pela Nana, acesse este link!
7 – Death’s Door
Death’s Door é uma aventura para curtir todos os momentos. Fazia tempo que eu não jogava nada que me deixasse num mix entre empolgação e calmaria. Era como se eu não quisesse avançar para ficar nos cenários e explorar tudo o que dava e não dava para ir e, ao mesmo tempo, quisesse progredir para ver o que me aguardava mais a frente. A parte artística do jogo também surpreende, utilizando de uma paleta de cores pastel e bem contrastadas. O visual e o sonoro são incríveis quando se juntam!
Além disso, Death’s Door é do tamanho que precisa ser, com mecânicas liberadas conforme avançamos que alteram a maneira de jogar. Mesmo com comandos simples e não numerosos, o título se equilibra na dificuldade das lutas e de movimentação no mapa. Eu gostei muito de toda a experiência que o jogo me proporcionou e dos sentimentos que passaram por mim nessa jornada, com certeza um dos melhores de 2021!
Confira aqui minha análise de Death’s Door!
6 – Valheim
Um dos gêneros que eu mais me divirto é o de sobrevivência. Isto é, ele é o estilo de jogo que eu sempre jogo com meus amigos e acabamos vivendo o jogo de maneira bem intensa. Com Valheim não foi diferente. Viramos noites jogando, descobrindo os segredos do jogo e como fazer as coisas naquele mundo hostil, construindo casas, armazéns, pequenas vilas e até mesmo docas para nossos navios.
Valheim consegue se equilibrar na linha tênue entre o simulador e o arcade. Existem diversas coisas para fazer, mas todas elas não são impossíveis mas também não são fáceis. Você precisa de tempo para progredir aqui, e nesse tempo você conversa com seus amigos, vivencia situações de perigo (ou inusitadas) a quase todo momento, descobre novas mecânicas do jogo sem querer ao derrubar um item…
A obra mantém atualizações grandes e evolui cada vez mais, não atoa, está concorrendo ao melhor jogo de estréia no The Game Awards! Se não o melhor indie, um dos melhores de 2021!
Para ver minhas primeiras impressões de Valheim, clique aqui!
5 – Scarlet Nexus
Esse foi o jogo que tinha como desafio me reaproximar dos JRPG’s, afinal, minhas últimas experiências com eles não foram muito boas, inclusive com o amado remake de Final Fantasy VII. Quando vi sua apresentação me intriguei pelo tema do jogo e suas criaturas bizarras.
O que é estranho, porque não sou muito fã de Sci-fi. Contudo, meu coração se derreteu por Scarlet Nexus quando eu comecei a jogar e a história realmente embalou. O que me carregou até o enredo de desenrolar foi a jogabilidade. Essa é a mais satisfatória que eu joguei em 2021 (talvez na vida). De verdade, eu me sentia dentro de um anime real nas lutas aqui. Cada combo bem executado e finalizado com uma cena do herói destruindo o inimigo era um hype que eu sentia.
Apesar de não ser muito profundo na questão de personalização de builds, o jogo permite aprofundar muito nos relacionamentos com os personagens secundários e, com isso, evolui a sua gameplay também, adicionando mais camadas para combar e mais cenas épicas!
Leia minha análise de Scarlet Nexus aqui!
4 – Ruined King: A League of Legends Story
Para mim, a melhor surpresa do ano. Digo isso porque não esperava que o jogo fosse ser tão divertido e grande quanto ele é. Para mim, a iniciativa da Riot Forge lançaria jogos experimentais para, quem sabe um dia, a empresa se aventurar em fazer jogos que não funcionem como serviço.
Acontece que Ruined King é uma experiência bem agradável para qualquer jogador, seja ele conhecedor ou não de League of Legends. Toda sua história é contada de uma maneira que, nem mesmo os jogadores de League of Legends, viram antes. Além disso, deu profundidade aos personagens do jogo principal da franquia.
O seu sistema de batalha é bem divertido e, de certa forma, inovador. Ele conseguiu trazer todos os aspectos do MOBA para dentro de um RPG de combate em turnos. O mundo e a ambientação é realmente profundo, mostrando detalhes que seriam impossíveis de imaginar em League of Legends.
Em resumo, após 10 anos jogando LoL, receber Ruined King foi um presente muito agradável. Hoje não restam dúvidas que ele entrou nos meus melhores de 2021!
Eu fiz a análise dele, corre lá para ler!
3 – Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin
O meu sonho foi finalmente realizado. Na verdade, eu nem sabia que tinha esse sonho até pouco tempo atrás, quando ainda me iludia com os jogos da franquia do Pokémon. Contudo, no último ano eu caí na real e vi o quão defasada ela está. Foi por esse amor ao Pokémon que eu não pensei duas vezes em jogar Monster Hunter Stories 2.
Monster Hunter World é um dos meu jogos favoritos, e agora outro jogo da série entra para esse hall. Afinal, ele é tudo o que eu sempre quis em Pokémon. Animações melhores, mapas maiores, um 3D bem feito, uma jogabilidade bacana e, principalmente, um sistema de batalha que não fosse engessado.
Monster Hunter Stories 2 é tudo isso. Para quem é novo em jogos do estilo, ele é simples o suficiente, já para os experientes, ele entrega uma boa profundidade, principalmente na criação dos monstros e seus golpes. Eu não pensei que fosse gostar o tanto que eu gostei desse jogo. Eu me vi criança novamente, da época que eu joguei o Pokémon Yellow e ficava maravilhado com cada nova sprite que aparecia na minha tela.
Não só um dos melhores de 2021, mas com certeza, um dos melhores da minha vida!
Leia a análise da Nana aqui!
2 – Loop Hero
O jogo que eu quase neguei por conta do gráfico. E pensar que logo esse mesmo motivo me faria ser tao apaixonado por ele. Não é como se ele ocupasse o segundo lugar nessa lista só por conta do visual, mas a arte e a trilha sonora tem participação importante.
Para variar, é um jogo do meu gênero favorito, Roguelike. Ainda por cima, um RPG muito bom e denso, dentro da sua proposta misturado com estratégia em tempo real. Eu evito ver os gameplays antes de eu jogar algo que vou analisar, mas confesso que não entendi o Loop Hero do pouco que vi.
A magia dele só acontece quando você joga ele. Parece que ele te hipnotiza, de verdade. Boa parte disso, pelo menos em mim, aconteceu pelo fato do jogo simular muito bem um jogo antigo, que dava para ser jogado na minha infância no playstation 1, de baixo de uma coberta em uma noite chuvosa. Ele resgatou em mim o amor por jogos retrô, mesmo não sendo um.
Ele é simples e complexo. Bonito e feio. Interessante e confuso. Ele é paradoxal. Ele é incrível.
Para saber mais sobre, tem minha análise dele aqui!
1 – It Takes Two
E para encerrar os melhores de 2021, nada mais justo do que o melhor deles.
É sério, se você tem alguém que goste muito, você precisa jogar It Takes Two com essa pessoa. Não é só um jogo, é muito mais do que isso. E não falo isso para deixar mais épica minha fala, eu falo isso porque realmente essa obra é, antes de tudo, uma experiência. Das melhores possíveis.
Além de retomar o perdido multi jogador local (mesmo que usando internet), It Takes Two constrói uma experiência de duas pessoas interagindo o tempo todo por um objetivo. Não apenas o ponto final, mas todos os pontos antes de alcançar ele. É sobre humanindade, relação, amor, ódio, carinho, ações, perdão, dúvida… Tem de tudo dentro da obra.
Não é por menos que ele ficou em primeiro lugar na lista disparado. Me proporcionou a melhor experiência com um jogo muito bem feito, em todos os aspectos.
Para ver o que mais eu tenho a dizer sobre It Takes Two, leia minha análise!