2021 foi um ano cheio de propostas interessantes quando falamos de jogos.
Enquanto diversos destes tiveram seu desenvolvimento mais lento por conta da pandemia mundial, muito jogos indies e AAs obtiveram sua chance de brilhar.
Bem sem mais delongas, vamos a lista!
12 – Poison Control
Um dos primeiros jogos que fiz análise esse ano, Poison Control foi um título que me surpreendeu muito.
O jogo trata-se de um RPG com elementos de TPS, e se passa no inferno.
Você acorda no inferno sem saber o que aconteceu acaba por conhecer uma entidade chamada Poisonette que tem a capacidade de dividir seu corpo com você.
Então passa a dividir seu corpo com Poisonette que não lembra ao certo quem é, com o objetivo de cumprir um certo número de missões para escapar do inferno.
Cada estágio do jogo representa o inferno pessoal de alguém seja vivo ou morto, por isso o jogador irá se deparar com diversas histórias legais no caminho e uma boa retratação das preocupações culturais do Japão.
Com uma gameplay ousada, fluida e despreocupada, uma trilha sonora que se destaca e muito rosa, Poison Control foi o décimo segundo jogo que mais gostei de jogar esse ano.
11 – Super Monkey Ball: Banana Mania
Super Monkey Ball é uma franquia consagrada de jogos de plataforma muito únicos lançados pela SEGA.
Sua nova entrada por sua vez não deixa nada a desejar! Uma enorme quantidade de fases no modo principal, vários modos extras, muitos personagens convidados jogáveis entre outras qualidades.
Na minha experiência Super Monkey Ball é o melhor titulo da série para os consoles modernos e merece essa posição nesse top.
Você pode conferir nossa analise completado do jogo clicando aqui!
10 – Super Mario 3D World + Bowser Fury
O mascote mais consagrado da Nintendo e possivelmente até do mundo dos games não poderia ficar fora dessa lista.
Não é segredo para ninguém que eu sou um grande fã dos jogos da Nintendo, mas algo que pode ser uma surpresa é minha eterna preferência por plataforma 2D.
Eu prefiro Mario World a Mario 64, Sonic clássico a Sonic Adventure e Impossible Lair a Yooka Layle.
Isso não é uma surpresa tão grande quando pensamos que Collectaton trouxe um viés bem diferente para jogos de plataforma.
Enquanto nos mais tradicionais nosso objetivo é chegar ao fim de uma rota e procurar rotas secretas, nos jogos 3d somos postos a completar desafios específicos para ganhar recompensas.
Por conta disso foi minha maior alegria com o gênero jogar um Mario 3d que se enquadre no molde dos 2D.
E é exatamente isso que Mario 3D world é, uma reinterpretação mais fiel dos títulos 2D para o 3D.
E embora seja um porte a muito bem vinda adição do modo Bowser fury tornou o jogo ainda mais completo se comparado com a versão anterior e agregou muito a experiência, tornando a décima posição, um direito desse jogo.
09 – Pokémon Briliant Diamond & Shining Pearl
Ok vamos tirar o elefante branco da sala. Quem me conhece sabe o quanto eu amo a franquia Pokémon e o quão improvável era esse jogo ficar de fora.
Veja bem, nessa lista eu não estou avaliando os quesitos clássicos aqui do site, para isso tivemos o Garota no controle Awards aonde montamos como um grupo as categorias.
Aqui estou listando os jogos que mais me divertiram esse ano. E bem Pokémon Briliant Diamond é um Remake no máximo medíocre… Mas ainda é um bom jogo.
Isso devido somente ao charme e carisma originais da região de Sinnoh, tudo foi preservado, o carinho do jogo original aparece de um jeito ou de outro através dele.
Eu adoraria entregar á Sinnoh o título de melhor jogo do ano, mas BDSP não passou nem perto.
Enquanto afirmo com certeza que esse remake preguiçoso e a preço cheio é um desrespeito com os fãs, não posso negar que pokémon sempre vai me divertir muito acima da média.
08 – The Caligula Effect 2
The Caligula Effect 2 é um RPG de turnos com fortes influências de jogos como a série Persona. Com grande foco na amizade entre os personagens e um estilo de combate muito único o jogo me cativou muito desde o primeiro momento.
Além disso a estética virtual e a temática musical que engloba uma trilha sonora encantadora elevam muito a experiência como um todo.
Embora não seja uma inovação completa The Caligula effect 2 traz sim uma energia ousada que conseguiu conquistar meu coração e o oitavo lugar dessa lista.
07 – Pokémon Unite
Sim caso um jogo possua Pókemon no nome provavelmente irá aparecer nessa lista e não Pokémon Snap não é próximo (e provavelmente somente porque eu não joguei esse).
Brincadeiras a parte, como um grande fã do Gênero Moba é impossível que o Moba de uma das minhas franquias favoritas não entraria por aqui.
Mas muito além do favoritismo Pokémon Unite conquistou genuinamente seu lugar nessa lista.
Com lindos gráficos, uma jogabilidade fluida e inovadora e um elenco de monstrinhos pra lá de cativantes, Pokémon Unite trouxe os spin offs da franquia a um novo patamar.
Além disso o fato de ser acessível por mobile e não apenas Nintendo Switch ganha pontos comigo, pois quanto mais acessibilidade melhor.
No mais o jogo ainda traz uma dinâmica de partidas bem diferente de outros jogos do gênero, tanto a partida com um tempo pré estabelecido dão um sensação diferente e divertida para esta obra.
06 – League of legends wild Rift
Falando em acessibilidade uma franquia que fez isso por muito tempo foi League Of Legends.
Mesmo anos após seu lançamento e já sendo o jogo mais jogado do mundo, o MOBA ainda se mantinha acessível para computadores considerados fracos e fazia questão disso.
Mesmo com o passar dos anos ainda não é exatamente necessário ter o melhor dos computadores para jogar. Mas ainda assim com o avanço gráfico e de conteúdo fica impossível ser acessível a todos.
Ai que entra o League of legends Wild rift! Uma versão moderna, portátil e dinâmica de jogar o tão amado “Lolzinho”.
Não somente satisfeito em ser uma versão pocket acessível, o jogo conta com belos modelos 3D, mecânicas próprias e um dinamismo nas partidas impensável para seu irmão de computador.
Além de ser uma ótima versão de League of Legends, Wild Rift se tornou seu próprio jogo, merecendo seu lugar nessa lista!
05 – BUSTAFELLOWS
Um gênero ainda pouco valorizado no Brasil é a visual Novel. Embora, as mais famosas do gênero como Fate e Doki Doki Literature Club já tenham alcançado o público mais Mainstream.
Mas em algum nível a maior parte das obras do nicho passam em branco.
Isso fica mais evidente e problemático ainda quando olhamos para os Otome Games.
Jogos com público alvo em jovens garotas que normalmente contam com um cast interessante de opções românticas para a protagonista.
Esse ano fiz diversas análises de jogos do gênero bem como foi feito pelo Garota no Controle. Isso dito, uma delas se destacou muito.
Com visuais impecáveis, designs de personagem deslumbrantes, uma história viciante e uma protagonista interessante, Bustafellows não deve em nada para nenhum jogo que eu joguei esse ano.
Como experiência de leitura Bustafellows tem um excelente ritmo e escrita fluida. Enquanto como jogo ele não é o otome game que mais te dá opções mas ainda assim você faz escolhas importantes para o andamento da história.
Para qualquer um interessado em entrar no mundo das”Otoges” eu recomendo pular de cabeça em BUSTAFELLOWS e garanto que não irá se decepcionar.
04 – Say no! More
Ninguém se conectou tão forte comigo quando o assunto é passar uma mensagem quanto “Say No! more” esse ano.
O jogo trata-se de um indie com ótima temática, uma conversa caricata e divertida sobre a cultura de exploração no trabalho.
Não somente no trabalho que é o foco do jogo, mas como exercício de dizer não na vida pode trazer paz.
Em um período tão difícil na sociedade em que parte das nossas leis trabalhistas nos foram brutalmente tiradas após um golpe, um jogo como esse que ensina seu valor como funcionário e como sua prioridade deve ser você é um oasis.
Além de passar essa mensagem de forma leve, mas sem sutilezas ou espaço para interpretação o jogo ainda é muito fácil de ser jogado.
Tendo um excelente senso de humor e não durando 1 segundo a mais do que preciso.
Say no! More poderia facilmente ser o primeiro dessa lista se eu não tivesse me deparado com o trio de tesouros a seguir.
Top 03 jogos – 03 – YS IX: Monstrum Nox
Eu já sou um grande fã da franquia YS a bastante tempo, meu favorito é o “seven” que ganhou um bom porte para Steam alguns anos atrás.
Mas ainda assim nem eu antecipava um título tão grandioso como esse.
A ambientação urbana, os personagens carismáticos, as melhorias feitas nos sistemas em relação ao anterior, tudo nesse jogo foi pensando para ser a obra definitiva da franquia até agora.
Tendo êxito como sempre em criar uma ambientação para a nova região explorada pelo aventureiro Adol Cristin. Ys impressiona em ser orgânico e realista na forma que a enorme cidade principal do jogo se organiza.
Ao mesmo tempo que metódico e ousado como sempre na construção das suas densas dungeons.
Ys 9 é o ápice do RPG oriental desse ano, ou séria se não fosse o próximo lugar.
Top 03 jogos – 02 – Shin Megami Tensei V
O jogo mais impressionante que já passou pelo meu Nintendo Switch. Visuais incríveis, uma ambientação única que a maioria dos jogos da geração nem pensam em alcançar.
A direção impecável, o ritmo da aventura, a sensação de exploração, tudo perfeitamente balanceado e otimizado. O sistema de batalha ainda é o ponto chave dessa aventura, delicado e punitivo sem ser frustrante ou impossível.
A história e escolhes que o jogo te dá, o “ecosistema” e a sociedade organizada pelos demônios.
Tudo muito bem pensado para manter o jogador imerso por horas a fio.
E a sensação comum da franquia SMT na qual o jogador é uma força atuante sobre o mundo e pode impactá-lo através de suas decisões.
Tudo isso visto através de lindos modelos 3D, uma excelente trilha sonora e muito estilização em cada pequena ação.
Os jogos são sim o mais alto nivel de RPG japonês que eu tive o prazer de conseguir por as mãos esse ano.
Mas como uma surpresa toda essa grandiosidade só conseguiu ser superada por uma obra para lá de intimista…
Top 03 jogos -01 – Unpacking
Se até agora nos foram entregues histórias complexas, mundos enormes para explorar, e relacionamentos dramáticos, Unpacking se passa aqui mesmo, dentro casa e dentro de cada um de nós.
O jogo que tem foco em arrumar cômodos após mudanças acompanha a vida e mudanças de uma só personagem que se passa em diversas fases.
Sendo sair de casa para morar com as amigas na faculdade, ou passar a morar com o namorado.
Cada mudança traz uma nova sensação para o jogador.
Bem como acompanhar a vida da pessoa através dos objetos que constituem sua realidade, ver sua caneca favorita se tornar seu copo de escovar os dentes, sua coleção de jogos crescer entre outros.
Cada pequeno objeto é pensado para criar uma densa personalidade e uma personagem que nem mesmo conhecemos mas já amamos.
Tudo isso culmina em uma linda última casa, onde é demonstrado formas diferentes para as resoluções dos conflitos que a protagonista enfrenta.
Tudo com muita sutileza, carinho e detalhes.
A pixel arte do jogo é sublime, a trilha sonora completamente intimista e os objetos em si carregam muito carinho.
Unpacking compre com primor a ideia de contar uma história através dos objetos e é um jogo que deve ser jogado por todos que tiverem a chance.