Dizer quais foram os melhores jogos do ano não é uma missão fácil, até porque listas são sempre polêmicas. Mas não podemos esquecer que opiniões e gostos são pessoais e têm de ser respeitados.
A equipe do Garota no Controle, orgulhosamente, traz para todos uma lista com os principais jogos do ano na visão de cada um de seus integrantes.
Em meu caso, podem sentir a ausência de alguns jogos como Resident Evil Village ou Far Cry 6, por exemplo, contudo, como não tive (ainda) a oportunidade de jogá-los não estarão aqui.
Sem mais delongas, os 8 melhores jogos do ano (na minha opinião):
8° – Dodgeball Academia
A desenvolvedora brasileira Pocket Trap, aproveitou um dos mais populares esportes de escola, a queimada, para desenvolver um ótimo game indie.
Quem nunca se envolveu em uma épica disputa de queimada com os amigos (ou inimigos) em busca da glória eterna na aula de educação física?
Com isso em mente, o jogo acompanha a história de Otto, um jovem que sonhava em entrar para o maior colégio de Dodgeball e se tornar uma lenda no esporte.
Contudo, a “simplicidade” para por aí. A ideia, que por si só já é muito interessante, é complementada com uma história engraçada, elementos muito semelhantes aos de jogos de Pokémon, como juntar novos atletas ao seu time.
O jogo é muito bem desenvolvido e divertido. Confira aqui a análise completa.
7° – 12 Minutes
Este pode causar polêmica, contudo, apesar dos pesares, é sim um bom jogo e tem uma grande ideia por trás.
Talvez o hype sobre o game desenvolvido pela Annapurna tenha ficado um pouco elevado, depois de um atraso no lançamento e o anúncio de James McAvoy, Daisy Ridley e Willian Defoe, como vozes dos npcs.
Entretanto, 12 Minutes entrega algo diferenciado. A ideia de estar preso em um looping temporal que dura apenas 15 minutos e sentir a aflição do protagonista ao não conseguir resolver essa questão é excelente. Mesmo quando parece que conseguimos resolver tudo, voltamos ao início.
É descabido e exagerado as reclamações de que o jogo foi repetitivo. Está era a proposta clara, reviver os 12 minutos, você pode ou não gostar do conceito, mas não critica-lo por isso.
12 Minutes não é perfeito, tem uma conclusão digamos duvidosa, mas traz um bom princípio que pode e deveria ser aplicado em outros jogos no futuro.
6° – Halo Infinite
Halo Infinite esteve próximo de ser um desastre total, mas, felizmente, a 343 Industries deu um passo atrás para depois dar dois para frente.
O primeiro trailer do gameplay teve uma enxurrada de críticas, válidas diga-se de passagem. A empresa atrasou o lançamento e conseguiu lançar um multipalyer sólido, divertido, com salas sempre cheias e uma jogabilidade fluida e responsiva.
Com lançamento de sua campanha prevista para dia 8 de Dezembro, é possível que Halo Infinite ganhasse algumas posições em meu ranking, mas por ter apenas seu modo online disponível no momento, o jogo fica com um satisfatório e merecido 6° lugar.
5° NBA 2K22
Tudo bem que NBA é um jogo voltado para um público específico, mas a evolução gráfica, de gameplay e de modos de jogo para a versão anterior foi notável.
Claro que este foi o primeiro game pensado para a nova geração, o que ajudou muito na parte gráfica, contudo o grande destaque fica na atenção que a 2K deu para os modos de jogo.
Tanto no online como no offline houve uma atenção especial, um esforço para aumentar a “vida útil” do jogo, fazendo com que, facilmente, não seja necessário correr para comprar o próximo para ter com o quem ou o que fazer no jogo.
Os problemas existem, especialmente para os brasileiros, que não tem um servidor dedicado. Mas, ainda sim, isso não impediu a mim e não vai impedir nenhum fã de basquete de jogar NBA 2K22 por horas e horas.
Confira aqui a análise completa.
4° A Juggler’s Tale
A desenvolvedora Kaleidoscube fez um trabalho simplesmente maravilhoso neste conto em forma de jogo.
A Juggler’s Tale é uma história emocionante, cativante e surpreendente, contada por um bardo que conduz um enredo rimado. É impossível não se apaixonar por Abby, nossa pequena protagonista.
O jogo, além de encantar pela história e visual, tem uma boa jogabilidade, que usa as cordas que prendem Abby e seus inimigos como fator que interfere em como se movem e por onde podem passar.
A Juggler’s Tale, apesar de curto, deveria ser uma experiência obrigatória para todos que gostam de uma história bem contata, emocionante e diferente.
Confira aqui a análise completa.
3° Forza Horizon 5
O maior lançamento da Microsoft em número de jogadores e o melhor Forza Horizon já feito. Se você gosta de jogos de corrida casuais você vai gostar de Horizon 5, se não está apenas tentando ser do contra.
São centenas de carros, centenas de eventos que incluem corridas de rua, circuitos, offroad, desafios especiais, além de um modo online sempre cheio.
A Playground deu tudo de si no desenvolvimento do game e o resultado não poderia ter sido mais satisfatório. Há ainda a perspectiva de novos conteúdos sendo adicionados com o tempo, ou seja, Forza Horizon 5 é um jogo que tem tudo para durar ainda um bom tempo.
Confira aqui a análise completa.
2° Psychonauts 2
Até o começo dos anos 2000, tudo quanto é tipo de filme virava um game de plataforma. Mas, com o tempo a fórmula ficou saturada e, ainda hoje, não é fácil encontrar um game deste gênero que realmente faça algo diferente e bem executado.
Pois bem, Psychonauts 2 fez isso e com muita qualidade.
Produzido pela Double Fine Productions, um dos concorrentes a jogo do ano. Você vai controlar Razputin, novo estagiário dos Psychonautas, uma agência de intervenção psíquica, já conhecida por quem jogou o primeiro da franquia.
Psychonauts 2 traz um enredo cativante e bem contado e uma jogabilidade complexa, mas refinada, cheia de elementos e poderes, possibilitando derrotar os inimigos da forma com que melhor se adaptar.
A experiência do game é completa, entre gameplay e história e faz com que o jogador queira explorar todo o universo criado.
Confira aqui a análise completa.
1° It Takes Two
É até um pouco difícil para mim falar sobre It Takes Two. O jogo tem uma carga emocional enorme e pesada.
Em resumo, um casal passando por graves problemas conjugais acaba negligenciando sua filha pequena. Contudo, magicamente, com seu choro, transforma os pais em bonecos e agora eles precisam cooperar para tentar voltar ao normal.
Não estou passando por um divórcio complexo, mas como pai e alguém que vivenciou certas coisas na infância, It Takes Two me pegou de jeito.
Contudo, não é só o enredo emocionante e bem desenvolvido que faz desse um dos sérios candidatos a jogo do ano. Como o próprio nome diz, “É preciso dois”, que tem uma ambiguidade genial no caso, é necessário jogar toda a campanha com outro jogador.
Os gráficos são bonitos, a jogabilidade é fluida e extremamente bem desenvolvida dentro de sua proposta. A Hazelight Studios fez um trabalho magnifico em It Takes Two e este é um jogo diferente e que vale muito a pena de ser apreciado.