Um bom jogo precisa ter um bom gameplay
Jogos FPS (tiro em primeira pessoa) no geral são bem difíceis para mim. Primeiramente, não sou um grande jogador nem tenho muita experiência com esse gênero. Em segundo lugar que sou um gamer de console, o que não é muito prático também, principalmente quando estamos falando na movimentação rápida que precisamos ter em jogos desse estilo.
Quando estamos falando de Doom, todos esses fatores são elevados, já que a franquia é conhecida por todos os elementos já citados acima. Então, desde o lançamento do game, fiquei enrolando para jogá-lo, pois sabia que teria todas essas dificuldades. Após 5 anos e graças ao Game Pass, finalmente pude jogar o remake dessa grande franquia da Bethesda e também sofrer com a limitação que o console tem comparando ao PC. Eu joguei no Xbox Series S, então falando sobre desempenho, não tive problemas. Muito pelo contrário, o jogo rodou em 60FPS cravos e com uma resolução que acredito que esteja entre entre 900p e 1080p. Além disso, tive pequenas quedas de frames durante a campanha com loadings bem rápidos, alguns quase imperceptíveis.
Logo de cara o que mais me chamou a atenção foi o gameplay frenético de Doom (2016). E são vários os fatores que fazem com que ele chamassem minha atenção. O ótimo level design, a variedade dos montros, as armas criativas e como ele me tira da zona de conforto. E é isso que vamos explorar nesse texto para entender o que faz o gameplay de Doom ser tão bom.
Level Design
O level Design de Doom é certamente um dos grandes destaques do game. Mas no começo da minha campanha, as primeiras horas foram de adaptação para mim. Eu sou o tipo de gamer que gosta de explorar os cenários e progredir com calma. Então tive um pouco de dificuldade no começo, já que a proposta do jogo é totalmente diferente do que estou acostumado.
O mais legal é a criatividade dos cenários e a verticalidade do cenário. As arenas são bem abertas e são muitas durante a campanha. São separadas por pequenas partes de história ou de exploração. Durante os combates, precisamos usar ao máximo a verticalidade do mapa ao nosso favor, afinal, os inimigos vem em hordas e somos atacados a todo momento.
Então se não utilizamos o mapa ao nosso favor, seremos punidos constantemente, sofrendo dano. E isso é totalmente proposital, a desenvolvedora optou por nos dar uma maior liberdade de movimentação. Assim, somos forçados a melhorar nosso gameplay e sempre descobrir novas formas de explorar cada canto para poder prosseguir sem maiores problemas.
Variedade de Monstros
Um dos pontos mais legais em Doom (2016) é a variação nos inimigos. E não estou falando apenas na aparência deles. Cada um deles tem uma forma diferente de atacar, defender e de agir quando estão em hordas. Existem vários tipos, desde os que te atacam freneticamente, até o que te ataca apenas quando está longe de você e que corre quando estamos perto. Existem os grandões, que demandam um trabalho maior, como o Baron of Hell por exemplo. E não posso deixar de falar dos inimigos mais irritantes do game na minha opinião, o Prossessed Security. Esse inimigo usa um escudo muito difícil de ser perfurado e caso chegamos muito perto, sobremos muito dano.
Para diminuir um pouco da dificuldade, é possível atordoar os inimigos. E quando os atordoamos, é possível dar um golpe de perto com nossa arma, e assim fazer uma eliminação, brutal no grande estilo Doom. Essa eliminação dropa cura, munição e avançando na campanha, é possível dropar armadura também, caso adquirimos essa habilidade. Essa é outra forma que a desenvolvedora teve para facilitar o game para algumas pessoas. Não tive a oportunidade ainda de jogar em níveis mais difíceis, mas acredito que essas “ajudas” somem, conforme o nível aumenta.
A criatividade das armas
Outro ponto que faz com que o combate de Doom (2016) seja muito bom é a qualidade e variedade das armas. Existem vários tipos como as tradicionais pistola com munição infinita, escopeta de combate e metralhadora leve e lança-foguetes. Mas também existem as armas que fazem a franquia ser única, como por exemplo a arma de plasma e a BFG9000, arma suprema e uma das mais famosas da série, desde Doom 2.
Durante a campanha a quantidade de munição não é o suficiente. Dessa forma, precisamos entender logo como funciona a mecânica de finalizar inimigos. Afinal, é assim que conseguimos mais munição. Outra opção é usarmos a nossa serra elétrica. Com ela conseguimos eliminar a maioria dos inimigos com um golpe só. Além disso, ela dropa muita munição, então é sempre bom deixar reservado para o momento certo.
O mais divertido em um jogo deve ser o gameplay
Ainda não tive a oportunidade de jogar Doom Eternal, a sequencia de Doom de 2016. Pela recepção da mídia, o jogo de 2020 é ainda melhor e com várias melhorias comparadas ao seu anterior. Mas o que é certeza de afirmar é verei uma gameplay tão boa quanto essa. Afinal, essa é uma das marcas registradas da Id Software, desenvolvedora dos dois games. É muito legal ver um jogo que nos obriga a melhorar nossa forma de jogar, porém de uma forma tão natural.
Jogarei Doom Eternal no Xbox Series S, assim como fiz com Doom (2016). E acredito que o sucessor será ainda melhor, agora com as melhorias que ele recebeu para os consoles de nova geração. Novamente preciso dizer, tudo isso graças ao Game Pass, o melhor serviço para jogar na atualidade.