Timberborn é um gerenciador de cidade, mas com um grande diferencial. Aqui, as cidades são dos castores e estes serão os responsáveis por expandir cada parte da cidade, e por construir uma arquitetura vertical, bem diferente do que estamos acostumados.
O jogo, por enquanto, se encontra disponível apenas para PC, em acesso antecipado desde setembro de 2021. Está sendo desenvolvido e distribuído por Mechanistry.
Vamos então a nossas primeiras impressões de Timberborn.
Jogabilidade
Inicialmente temos a possibilidade de escolher o tamanho do terreno e a dificuldade, e então temos um tutorial bem extenso que vai nos ensinar como o jogo funciona. Com certeza, o ideal é seguir ele por completo.
Na primeira vez que joguei, eu ia seguindo em partes, mas me afobei por que queria começar a montar minha cidade do meu jeito, e rápido. Então, não demorou muito para a primeira seca chegar e toda a minha cidade morrer de sede.
Na segunda tentativa, seguindo o tutorial, pude entender melhor o funcionamento de algumas partes. Além disso, consegui preparar a cidade com comidas e reservas de água suficientes para sobreviver à seca.

Passo-a-passo
Primeiramente, o jogo se divide em distritos, então temos uma limitação de até onde podemos expandir. Além disso, precisamos criar caminhos em cada uma das construções, para que os castores consigam chegar nelas.
Após a criação de caminho, podemos adicionar coletores de madeiras, coletores de mirtilo e fazendas. Estes serão a base para todo o funcionamento da cidade, pois trarão alimentos e matéria-prima para novas moradias.
Vale lembrar que a água também é importante para sobrevivência. Então, precisaremos construir várias caixas d’água para passar por situações difíceis. Também é importante a construção de centros de energia.
A energia vai ser usada para tornar a cidade mais moderna, criando itens como tábuas, metal, engrenagens, entre outros. Existe mais de uma forma de gerar energia, e isso vai muito da estratégia que você vai adotar. Por exemplo, podemos usar rodas de água, ou rodas que os próprios castores vão correr dentro. O uso do castor, faz com que tenhamos um a menos na nossa população, para fazer algum outro trabalho. Entretanto, nos períodos de seca, a geração de energia com água praticamente zera.

Os castores são limitados, e vão aumentando em quantidade dependendo do número de moradias que temos. Os castores nascem, viram adultos e, por fim, morrem. Estes tem um ciclo de vida completa, e você pode auxiliar em uma melhor qualidade de vida para eles.
Além das moradias, temos itens de lazer, como uma fogueira para passar as noites conversando. Ou até mesmo um carrossel, ou um templo para rezar. Também vamos ter vários tipos de decoração que vão tornar tudo mais atraente ali dentro.
Arquitetura Vertical
A parte diferenciada da cidade é que podemos empilhar várias moradias, e com isso o nosso terreno acaba por ter uma perspectiva de crescimento bem diferente e maior.
Além disso, várias construções vão sendo liberadas através de pesquisa em ciência. Assim podemos fazer moradias maiores, que permitem vários andares, aumentando a população de nossa cidade. Note que isso pode ser um problema também, pois com uma população de castores crescendo, o correto é aumentar ainda mais a produção de alimentos e água.
Esse pode ser um erro comum, pois é bem divertido ter mais castorezinhos trabalhando pela cidade, mas pensar nas consequências disso é necessário para continuar a evolução.
Sobre as fábricas
Conforme avançamos, liberamos vários tipos de fábricas para construir. E a parte difícil é pensar o quanto de energia vamos precisar, e qual vai ser o tipo mais interessante para a situação.
Chega um momento que a expansão vai depender muito disso. Logo, se você quer fazer uma fábrica de papel, ou melhorar a construção de gerar ponto de ciência, vai ter de conseguir outras fontes de energia e ligar as fábricas a elas.
Porém, tome cuidado em querer expandir demais e esquecer de coisas básicas, como um armazenamento de comida.
Timberborn é um gerenciador que todo detalhe deve ser levado em conta, pois basta um deslize para começar a perder nossa população. E acredite, não vão ser poucas às vezes que a empolgação vai fazer com que esqueçamos algo que deveria ser prioridade.
Além disso, existe a opção de criar um segundo distrito, e mandar castores para esse novo. Embora seja bem legal compartilhar recursos entre eles, a complexidade de administrar dois distritos é grande, e só deve ser tentada em um momento que estejamos estáveis. Pois, se tivermos em um meio de seca e fizermos esse tipo de movimento, podemos acabar nos perdendo e os dois distritos vão falir.
Conclusão
Não sei se ficou evidente nesta primeiras impressões, mas, embora esteja em acesso antecipado, Timberborn está bem completo. Além disso, ele foi o primeiro jogo do ano a me empolgar.
Sua jogabilidade é viciante, e o desenvolvimento vertical é realmente diferenciado. Também preciso citar que desenvolver uma cidade de castores é adorável, pois o simples jeito de andar destas criaturas gera um sorriso no rosto.
É muito divertido ver a reunião de todos em volta da fogueira, os castores nadando, ou simplesmente trabalhando. A primeira vez que abri o jogo, fiquei 4 horas basicamente sem piscar.
Outra coisa interessante é que, depois de alguns dias de jogo, ele nos mostra uma interface com todos os desafios que já cumprimos. Estes acompanham o desenvolvimento da sua cidade, e mostram o quanto você evoluiu. Eu sempre queria ir cada vez mais longe com minha cidade, então esse feedback me deu ainda mais vontade de jogar.
Com isso, posso recomendar demais Timberborn, e com certeza será um jogo de gerenciamento ainda mais incrível quando estiver completo.
* Chave cedida para análise
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