A Musical Story é um jogo de ritmo desenvolvido pelo Glee Cheese Studio e publicado pela Digerati.
Ele foi lançado no dia 03 de março de 2022 e está disponível para Nintendo Switch, PS4/5, IOS, XONE e PC!
Objetivo: Pinewood
Não temos um título mais literal do que ‘A Musical Story’, afinal o jogo é exatamente isso: uma história contada através da música.
Nosso protagonista precisa recuperar suas memórias e usará a música para atingir seu objetivo.
Os acontecimentos se passam na década de 70. Gabriel e sua banda estão viajando com o objetivo de se apresentar no festival de Pinewood.
Porém, o caminho não será tranquilo. Ao longo da jornada, entre apresentações, aprendemos um pouco mais sobre a história de Gabriel.
Com uma infância difícil e a presença de um pássaro que representa os fantasmas do passado, ele terá que usar a música e o apoio dos amigos para superar todos os desafios.
E quem sabe até mesmo encontrar um romance! Vamos embarcar na kombi de sua banda e acompanhar o caminho até o festival de Pinewood!

Ritmo e enredo
Logo de cara, A Musical Story já te prende com a gameplay. Só é possível avançar na história acertando cada sessão de ritmo que o jogo oferece.
Você entra em um capítulo e para assistir todos os acontecimentos da cena, precisa desbloqueá-los através da música.
A tela escurece e temos uma espécie de arco. No meio, temos uma miniatura da cena e na linha do arco, temos as teclas da música.
De primeira, ele mostra o ritmo e as teclas que serão usadas na sessão. Mas, a partir da próxima repetição já é para o jogador começar a entrar no ritmo!
A Musical Story oferece três modos de ‘dificuldade’, podemos dizer. O primeiro te oferece uma assistência, se você não consegue seguir só pelo ritmo da música, uma linha branca aparece para te guiar.
O segundo é mais balanceado, ele não tem o guia, porém aparece automaticamente caso cometa muitos erros na música.
Já o terceiro não mostra guia nenhum, tudo depende do jogador e sua musicalidade!
Fora dos padrões
A Musical Story oferece músicas que fogem de padrões. Na hora de acertar as teclas, são poucas partes do jogo que oferecem músicas com padrões definidos.
Elas possuem ritmo, mas não são um conjunto de teclas repetidas ao longo de cada sessão. O que só oferece ainda mais desafio para quem está jogando!
Até mesmo o formato da HUD é bem diferente dos jogos de ritmos mais famosos por aí. Embora exista uma sessão que seja similar a eles.
Porém, ela é bem justificada e essa mudança só deixa o jogo ainda mais interessante!
É legal ver como a música é a própria narrativa de A Musical Story.
A conexão de história e gameplay
Outra coisa que agrega bastante para a gameplay é como as cenas dialogam com a sessão de ritmo. Existe uma parte bem específica da história que devemos lutar contra os demônios interiores do protagonista.
E essa batalha é muito bem representada na tela. Enquanto nos outros capítulos, as teclas não interagiam com as ilustrações, nesse aqui as ilustrações tentam ativamente te atrapalhar!
E quanto mais você avança, mais complicado é de enxergar as teclas certas! É um ótimo jeito de despertar imersão no jogador, que começa a se sentir tão confuso quanto o próprio protagonista!

Visual anos 70
Além do grande destaque para a gameplay, A Musical Story não esquece do seu visual cheio de personalidade.
Com uma textura que lembra ilustrações feitas com giz de cera, acompanhamos a cena com uma paleta de cores bem definida.
Sempre temos um roxo, um laranja ou um marrom presentes. Assim como a música, a arte certamente é um dos traços mais marcantes do jogo.
Ela não é rica em detalhes, porém é isso que traz seu charme.

Mistura de ritmos
E por ser um jogo de ritmo, é óbvio que a cereja do bolo é com a trilha sonora!
Também ao contrário de outros jogos do gênero, A Musical Story só te faz tocar uma parte da música toda. Como já dito anteriormente, a gameplay te faz jogar em sessões que irão desbloquear a cena completa.
Assim como a cena, a música funciona da mesma maneira. Vamos tocando aos poucos, para no final ouvirmos o resultado.
E o jogo vai além, deixando o jogador tocar diferentes instrumentos que farão parte do ritmo inteiro no capítulo. Até mesmo quem não entende muito de música (assim como eu) consegue perceber os ritmos se juntando.
E por se passar nos anos 70, a maioria dos ritmos apresentados são bem dançantes e animados. Até mesmo nas cenas mais dramáticas e sérias.
Qual é a música?
A Musical Story não possui um ritmo predominante ao longo da história. Ele muda conforme a atmosfera da cena pede, mas ainda é possível reconhecer algumas constantes.
Por exemplo, existem muitas sessões que usam o estilo de synthwave. Sem falar que, cada personagem possui seu próprio instrumento.
Assim, quando a gameplay mostra apenas 1 instrumento, o jogador já entende qual será o foco daquela sessão.

A Musical Story
Por fim, o jogo usa muito bem a sua trilha sonora e faz com que o jogador realmente sinta que a música faz parte da história.
É realmente inovador e divertido ver como o enredo e a música estão profundamente entrelaçados. Não é possível imaginar o jogo de outra maneira.
Entretanto, ele ainda comete alguns pequenos erros para manter o ritmo (ah, a ironia) da própria narrativa. Afinal, nós fazemos a sessão de ritmo para acompanhar a história. E por vezes, elas parecem ser muito arrastadas.
Portanto, A Musical Story é um jogo que traz uma visão diferente e inovadora para os jogos de ritmo, embora não apresente uma história tão profunda.
Ele é definitivamente um jogo que os fãs desse gênero devem se aventurar, até porque ele vai te tirar da zona de conforto!
Você está pronto para descobrir as memórias de Gabriel?
*Chave cedida para análise.
Gostou da análise? O Garota no Controle tem muito mais!