Introdução
Phantom Breaker: Omnia me conquistou de uma forma bem inesperada. Pois se trata de um jogo com comandos simples, boa variedade de personagens, mecânicas interessantes e bem viciante. Dessa forma, sempre queria mais uma luta ou tentar algo em um modo diferente. Apesar de não ter muitos modos alternativos.
O game traz todos os personagens de Phantom Breaker: Extra, além de dois novos personagens, uma trilha sonora remixada, um novo estilo de luta chamado Omnia, ajustes de equilíbrio e a capacidade de jogar através de histórias do jogo original e também de Phantom Breaker: Extra. A primeira versão do título com lançamento fora do Japão. Contando com dublagem em japonês e inglês.
Phantom Breaker: Omnia vem para deixar o ocidente mais kawai em 15 de março de 2022. Disponível para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC/Steam.
História
Phantom Breaker: Omnia possui uma história não muito complicada. Na verdade, o último título da série está mais para um update da versão EXTRA do jogo. Porém, começou lá no primeiro título da série em 2011. Mesmo sendo exclusivo de terras nipônicas, o primeiro título também foi exclusivo para a plataforma da Microsoft: XBOX 360. Um console tipicamente americano. Mas, vamos à história separada por lançamento para compreensão geral do jogo.
Phantom Breaker
A história se desenrola na capital do Japão, Tóquio. Um homem misterioso chamado Phantom trabalha nas sombras para atrair lutadores poderosos movidos por fortes desejos para uma batalha perpétua uns contra os outros. Assim, para realizar seus desejos, esses “Duelistas” devem empunhar suas armas conhecidas como F.A.s (Artefatos Fu-mension) e derrotar seus oponentes.
Phantom Breaker: Extra
No título anterior, foi descoberto que o desejo a ser realizado era o do próprio Phantom e não dos outros guerreiros. Então, na verdade, ele tinha como objetivo o retorno de seus poderes perdidos. Para recuperar esses poderes, ele elaborou um plano para criar rachaduras nas barreiras que separam os universos paralelos usando a energia gerada pelos intensos confrontos entre os F.A.s. Alheios aos esquemas de Phantom, os combatentes procuraram uns aos outros e se envolveram no jogo mortal. Dessa forma, cada batalha distorcia o espaço-tempo e deixava o personagem mais perto de seu objetivo.
Mas à beira de sua vitória, Waka (um membro de uma família matadora de demônios) e Mikoto (um poderoso Escolhido) conseguiram impedir que Phantom recuperasse totalmente sua força. Contudo, seis meses depois, a ameaça do vilão ainda continua à espreita. Assim, precisam mais do que nunca do Phantom Breaker para dar o fim derradeiro ao vilão.
Phantom Breaker: Battle Grounds
Apesar das duras batalhas anteriores, Phantom não teve sua derrota completa. Mesmo que Waka – um membro de uma família matadora de demônios que se opõe a Phantom – o enfrentou para frustrar seu plano. Entretanto, ele escapou para outro universo após sequestrar sua irmã mais nova, Nagi. Juntamente com Mikoto (um poderoso Escolhido) e com a ajuda de Itsuki (a Donzela da Justiça) e Yuzuha (um ninja que escapou das tentações do vilão), eles partiram juntos para rastrear Phantom e resgatar Nagi.

Não tem hadouken
Como dito antes, Phantom Breaker: Omnia possui um sistema simples de jogo. Porém, muito viciante. Assim, nada de comandos difíceis ou de execução complicada. Talvez, os mais antigos possam estranhar. Mas, por outro lado, ao jogarem, perceberão que funciona muito bem.
Os ataques básicos são formados por quatro botões: fraco, médio, forte e especial. Assim, para executar golpes especiais, o jogador precisa apenas usar o direcional para frente, ou para baixo, ou para trás, a fim de soltar o golpe. Para super especiais, basta apertar dois botões. Além disso, esses comandos são universais. Então, não há necessidade de sempre verificar uma command list, apenas arriscar e pronto.
E para deixar mais interessante, há três estilos de combate que repercutem significativamente na forma de jogar com cada personagem. Devido a essa diferença nos estilos, o jogador pode encontrar várias formas de aproveitar um mesmo personagem. Assim, deixando a profundidade do jogo mais atraente e incentivando que se jogue o título mais vezes.

As três formas de lutar
Para melhor compreensão, explicaremos aqui como funcionam essas três formas. Pois, principalmente para os que não estão acostumados com o gênero, podem ficar perdidos. Antes disso, informamos outra coisa bem interessante. Na tela de seleção de personagem, Phantom Breaker: Omnia, informa as propriedades de cada lutador. Ou seja, o jogador consegue ver quais são os melhores para seu estilo de jogo: defensivo, ofensivo, de longa distância e assim por diante.
Mais uma vez, aqui é apenas um resumo. Para mais informações, o jogador pode consultar no jogo o guia e/ou o site oficial. Ambos em inglês.
Quick Style
Além de permitir um salto duplo no ar, o Quick Style permite cancelamentos de alguns golpes e facilita acertar combos rápidos em geral. O personagem também possui uma esquiva que ajuda a evitar os ataques do oponente. No entanto, seu poder ofensivo e defensivo geral é menor do que outros estilos.
Ao usar o Quick Style, o Overdrive ativa o Clock Up. Isso faz com que você se mova mais rápido enquanto desacelera seu oponente, permitindo que você o esmurre em alta velocidade.
Hard Style
Já no Hard Style, o movimento é mais lento que outros estilos. No entanto, seus parâmetros são mais altos no geral e ataques individuais causam mais danos.
Hard Style permite que você execute um ataque único pressionando ←+M. Ele também permite que você use Proteção para parar os ataques do seu oponente.
Ao usar Hard Style, Overdrive ativa Solid Armor. Isso torna menos provável que você seja empurrado para trás pelos ataques do seu oponente.
Omnia Style
O Omnia Style é um estilo intermediário entre o Quick Style e o Hard Style, embora com seu salto duplo, ele se aproxime um pouco do Quick Style. Porém, algumas coisas não podem ser usadas, como o Overdrive do Hard Style. Por outro lado, Omnia é o único estilo que permite realizar um ataque de alcance total quando seu medidor de rajada está em 400%.

Visual
Eu gostaria de achar um nome engraçado para essa parte. Porém, sem criatividade para garotinhas de anime com um vilão que se chama fantasma (num tradução literal). Apesar disso, podemos comentar positivamente sobre os gráficos de Phantom Breaker: Omnia.
Mesmo tendo um visual meio datado para o estilo de sprites, o resultado é positivo. Dizemos “meio datado” porque o jogo ainda parece ser da década passada. Entretanto, isso não quer dizer necessariamente que o gráfico é ruim. Mas poderia ser melhor. Os efeitos de golpe ficaram bem legais. Já as animações não possuem uma fluidez como seus “jogos irmãos”. A exemplo de Under Night In Birth.

Trilha Sonora
Phantom Breaker: Omnia possui uma trilha sonora interessante. Pois, as músicas combinam muito bem com o estilo anime fighter. Ainda sobre as músicas, a abertura é cantada por uma Youtuber conhecida como Amalee. Os efeitos de impacto dos golpes também ficaram legais. Mas, nada muito excepcional. Mesmo que esses jogos tenham um padrão alto na parte de som. Podemos dizer que mantêm o padrão (o qual já é bom). Mas nada diferente do que estamos acostumados no gênero.
Pode conferir aqui a música tema completa:
Resumindo Omnia
Geralmente, eu deixo essa parte para falar de algum ponto que o jogo deixa a desejar. Mas, farei diferente. Conversarei sobre pontos interessantes e atípicos do jogo que podem fazer a diferença para aqueles que estão interessados em adquirir o título.
Phantom Breaker: Omnia possui um sistema muito fácil de aprender e difícil de dominar. Isso representa algo positivo. Pois, os jogadores não se sentirão frustrados ao tentarem aprender o jogo. Ainda se sentirão mais motivados a se aprofundarem. Porém, os gráficos não colaboram tanto. Contudo, é algo que não prejudica a experiência.
Se eu tiver que dar um aviso sobre o jogo é: joguem. Apesar de não estar no mesmo patamar de grandes produções, Phantom Breaker: Omnia tem um fator de diversão muito alto. Até mesmo para aqueles que nunca jogaram jogo de luta. Aqui que entra outro fator positivo no jogo. Ele mantém o interesse para qualquer tipo de público que se interesse por um fighting game. Talvez, o maior defeito dele é ficar no meio de tantos outros jogos bons e com franquias mais consolidadas. O que pode levá-lo a não se popularizar o tanto que merece. O título não traz algo novo. Porém, te diverte com o que apresenta.
*Análise realizada em um Playstation 4 modelo FAT