Introdução
The Colonists traz a ideia de juntar gerenciamento com uma identidade bem amigável. Com robozinhos bem simpáticos e boas horas de jogatina, será que The Colonists é uma boa pedida para apreciadores do gênero?
Desenvolvido pela Codebyfire e distribuído pela Mode 7, The Colonists está disponível para PC, PS4 e Xbox One desde 24 de outubro de 2018. Posteriormente lançado para Switch em 4 de maio de 2021. O jogo possui a opção de português brasileiro.
História
Somos introduzidos ao jogo com o conto de que os robôs fofinhos estão sendo enviados a outros planetas. O objetivo dessas máquinas é colonizar as novas terras e dar seguimento a exploração universal. Só que os colonizadores tem algo a mais em mente, ser como os humanos.
Colonizando
The Colonists estrega três modos de jogo, Campanha, Desafios e Modo Live. O modo Campanha é por onde você deve começar a jogar. Aqui temos uma sequencia de cenários e que não tem ligação um com o outro, somente vai aumentado a complexidade de cada um.
Bem como no modo Campanha em que se tem o tutorial do jogo e por esse motivo que é o modo indicado a começar a jogar. Os tutoriais ensinam o suficiente para que você consiga colonizar qualquer planeta posteriormente.
Ainda falando da Campanha, o jogo propõe um objetivo fixo em cada um dos cenários. Alguns tem metas de conclusão como ouro, prata e bronze, que devem ser cumpridos em um determinado tempo.
Por último ainda falando nesse modo, alguns cenários possuem uma “batalha” contra outra colônia de robôs. Aqui o objetivo é simples: ocupar o território inimigo. Apesar do objetivo simples, não será fácil de cumprir.
Agora falando dos Desafios. Exatamente como diz no título desse modo, alguns objetivos determinados a concluir. Todos eles tem classificação entre ouro, prata e bronze. E as classificações determinadas de acordo com o tempo de conclusão.
Por fim o Modo Livre e como o próprio nome diz, você pode colonizar à vontade. Não há objetivos fixados e a missão aqui consiste em expandir a colônia por todo o território. Claro, levando em conta todas as necessidades dos pequenos robozinhos.

Como é o gerenciamento?
O jogo possui a missão de entregar um gerenciamento de certa forma complexo e de boa qualidade. A missão é cumprida, mas com ressalvas. Há alguns excessos como a grande quantidade de recursos diferentes produzidos e consumidos.
Do mesmo modo, após um tempo de jogo, há excesso de robôs na tela e isso acaba por poluir visualmente. O jogo possui outros pecados como a necessidade de muitas torres para expandir território. A área expandida a cada nova torre de vigia construída tem alcance curto.
Logo o jogador terá de construir várias torres durante a exploração, o que acaba incomodando. Por fim vale mencionar que o jogador precisa ter cuidado na hora de construir as instalações. A necessidade de muitos recursos se torna um problema pelo motivo de precisar percorrer de mão em mão. E isso leva um tempo considerável.
No entanto The Colonists é muito bem resolvido em vários outros aspectos. A árvore de melhorias, por exemplo, apesar de simples aborda todos os aspectos do gerenciamento como comida e mineração. Além disso há a progressão que passa a boa sensação de recompensa ao jogador.
Em conclusão, o macrogerenciamento no jogo como um todo traz uma experiência muito satisfatória. E com certeza o modo livre será o responsável por divertir o jogador por dezenas de horas. Já que somente no modo livre é possível liberar todas as melhorias disponíveis.

Visual simples e bonitinho
The Colonists é simples se tratando de design. Usando a já consagrada técnica low poly (poucos polígono na modelagem), os gráficos não tem muitos detalhes em sua modelagem. Iluminação, sombras e partículas também não possuem muitas minúcias. Porém tudo isso traz uma identidade ao jogo.
Porém a versão de Nintendo Switch possui alguns cortes em detalhes se comparada à versão de PC. Isso não prejudica o resultado final e nem a jogatina, mas um jogo tão leve poderia ter uma otimização melhor.
Além disso o visual fofinho dos robôs chamam a atenção. Há diversas variações das máquinas no jogo, como por exemplo um robô que cuida do pomar tem o desing bem diferente de um marceneiro.
Ao mesmo tempo que a interface é muito convidativa e bem organizada. A adaptação da interface original do PC no Switch merece aplausos e com certeza faz toda a diferença no aprendizado. Ainda mais se tratando de um jogo com diversas coisas a se fazer ao mesmo tempo.
A qualidade sonora por sua vez é boa. Sem muitos efeitos de mesa de som e com uma trilha sonora simples, tudo cumpre seu papel.
Por último vamos falar de desempenho. Não presenciei bugs, travamentos e nem perda de quadros. Como disse antes, The Colonists tem uns pequenos cortes de detalhes gráficos e certamente ajudou a manter o desempenho geral do jogo. As telas de carregamento tem um tempo satisfatório.

The Colonists não faz sentido às vezes
Esse tópico serve como um parênteses. Com um tema de ficção científica abordado pelo jogo, é estranho os robôs não serem altamente tecnológicos. Eles parecem ter vindo da época medieval, não há eletricidade e nem tecnologias para auxiliar nos trabalhos.
Assim como a necessidade das máquinas por água e comida. Não é um ponto negativo mas que causa sensação de estranheza. Afinal estou jogando um jogo de ficção científica ou de assentamento medieval?
O que não deu certo
Como já mencionado antes, o excesso de algumas coisas pode confundir o jogador. Além de deixar o visual um pouco poluído. Cabe ao jogador saber qual a melhor forma de distribuição da colônia durante a construção das instalações.
A versão de Switch possui dois modos a menos se comparada a versão de PC. No entanto não há um motivo realmente claro para esses dois modos terem ficado de fora.
Conclusão
The Colonists é um excelente título do gênero de gerenciamento. O jogo possui poucos tropeços e acerta bem mais do que erra. Com boas inspirações e excelente balanceamento entre necessidades e recursos, The Colonists surpreende bastante.
Em suma é a pedida certa para os aficionados pelo gênero e uma boa porta de entrada para os que ainda não tem essa experiência. Mesmo com suas excentricidades, o jogo agrada e diverte por bastante tempo.
*Cópia cedida gratuitamente para Nintendo Switch