Introdução
Outubro chegou, o mês do Halloween (e do aniversário da Kuromi). Então, chegou o momento do ano de lembrar que há bons (ou não) jogos de terror.
O terror pode ser algo relativo, já que Megaman 1 do Nintendinho causou terror em muitas famílias, com crianças que ficavam possuídas de ódio e tacavam o controle na parede. Pais e mães preocupados com a possessão de sua prole, faziam um ritual de exorcismo mais conhecido entre os antigos como “castigo”.
Além desse tipo de terror, há aqueles que gelam a espinha, ou simplesmente fazem rir, bem parecidos com aqueles filmes trash tipo B, e por isso que são bons. E mais uma vez, nós da redação Garota no Controle trazemos uma seleção de jogos que assustaram jogadores em eras de outrora. Dessa forma, curta a leitura e quem sabe você pode dar uma chance a um desses títulos neste Halloween?
Resident Evil 1 – Playstation 1/Saturn
Eu juro que tentei não colocar este jogo numa lista de Halloween. Mas o que fez mudar de ideia foi jogar a versão emulada do Director’s Cut no serviço da PSN Deluxe. E confesso que foi uma boa experiência. Matei a saudade e comecei a lembrar o motivo de ser tão assustador em meados de 1996.
A atuação icônica de atores reais, algo que em 1996 em um jogo era surreal, e a dublagem no mesmo nível. Ainda não podemos esquecer das linhas diálogos sensacionais. O maior exemplo é sanduíche de Jill. Se, por algum motivo, isso parecer novo para o leitor, recomendo jogar essa versão clássica e ver essa cena.
Apesar de todos os entraves da época, como limitação de hardware, ser um conceito novo ainda, não esquecendo que foi o jogo que abriu o gênero survivor horror, então, dá para entender algumas falhas da época. Porém, a história era interessante. Inclusive, ganhou o Oscar da revista Super Game Power de melhor roteiro. Acrescenta a isso, a atmosfera muito bem montada com a música que sabia por uma tensão para o jogador.
Há vários boatos sobre o jogo de terror da Capcom, inclusive sobre onde acharam os atores, mas ninguém conseguiu provar. Então, ponha sua mente nos anos 90 e curta o Halloween com este clássico.

Night Trap – Sega CD
Outro título escolhido para lista de Halloween porque eu joguei recentemente. Night Trap foi lançado em 1992 e trouxe uma polêmico consigo. O jogo, junto com Mortal Kombat, foi umas das razões da criação do sistema de classificação indicativa para jogos nos Estados Unidos.
Night Trap foi apontado como perpetrador de violência em videogames, com o senador Joe Lieberman, que admitiu nunca ter jogado o jogo, alegando que jogo estilo filme interativo apresentava violência gratuita e promovia agressão sexual contra mulheres. O que não era realmente o caso, já que no título o jogador deve salvar as mulheres de terem seu sangue drenado, em vez de praticar violência contra elas.
Um jogo meio confuso de se entender a jogar, já que parece um tanto aleatório. O manual também não explica direito o que você deve fazer. Sem um guia, o jogador vai muito em tentativa e erro. Assim como os jogos atuais estilo Heavy Rain, Night Trap possui vários finais e, lógico, o mais difícil é aquele que o jogador consegue salvar todo mundo.
Uma curiosidade é que o presidente da Nintendo America da época, Howard Lincoln, disse que esse jogo nunca apareceria em um console da BIG N. Mas o que aconteceu de verdade é que a edição de comemoração de 25 anos foi disponível para o Nintendo Switch.

Nightmare Circus – Mega Drive
No caso deste título aqui, ele traz de tudo para assustar jogadores no Halloween: Circo, ambiente assustador, gráficos ruins, jogabilidade complicada e um cartucho exclusivo no Brasil, já que ele era do serviço do Sega Net. Sua história é digna de filme trash tipo B: confusa, sem sentido e manjada de outras obras. Para resumir, a história envolve um picareta condenado à cadeira elétrica, maldição para inocentes, e vingança indígena. E sim, não me atrevo a explicar toda essa bagunça.
A curiosidade deste título é que ele foi ter um reconhecimento em 2009 quando um Youtuber divulgou um detonado em vídeo do jogo. A partir de então, algumas pessoas puderam ver que o jogo não era tão ruim. Porém, um pouco tarde para o que o jogo precisava.
Sweet Home – Nintendo
E indo pouco mais atrás, Sweet Home é um título do Nintendo que foi o embrião para Resident Evil. O jogo é uma adaptação de um filme de terror japonês de mesmo nome. Por ter elementos bem voltados para o público japonês, o jogo não saiu da terra do sol nascente. Pelo menos não oficialmente, pois, existem traduções feita por fãs, inclusive em português.
O primeiro Resident Evil emprestou muitos elementos de Sweet Home, incluindo o cenário da mansão, os quebra-cabeças, o gerenciamento de estoque de itens, a ênfase na sobrevivência e até mesmo a tela de carregamento da “porta”. Outras influências incluem a resolução de uma variedade de quebra-cabeças usando itens armazenados em um inventário limitado, enquanto luta ou foge de criaturas horríveis, o que pode levar à morte permanente de qualquer um dos personagens, criando assim tensão e ênfase na sobrevivência.
Há boatos de que Resident Evil não foi Sweet Home por causa do fim do contrato da cessão de direitos a Capcom. Mas toda a ideia foi reaproveitada.

House of The Dead – Saturn/Arcade
Já falamos de casas assombradas, de zumbis, dos dois juntos, mas não falamos de rail shooter. Para que os jogadores mais novos entendam, esse estilo de jogo é um tipo que o jogador não tem muito controle sobre a câmera e tem de atirar no que aparece na tela antes que ela mude. Os jogadores mais clássicos conheceram esse gênero com o Sega Saturn. Além disso, esse gênero foi, e continua sendo, sucesso nas máquinas de shoppings
House of The Dead ganhou um remaster para consoles atuais. Pena que não tem como jogar com a pistola. Podemos dizer que na época da pistola, além do prejuízo financeiro (equipamento muito caro) dava muita tendinite pelo tanto que tinha de apertar o gatilho ou B do controle.
Uma coisa legal do título são os diversos caminhos e o desafio maior de salvar todo mundo. A estratégia é bem simples: atire e não deixe ser atingido. E isso que é divertido. Até hoje tem continuação desse jogo no Japão, e que posso dizer que já me levou muito dinheiro.

Faça Halloween, não faça terror
Conhecia algum jogo da lista? Sabia das curiosidades? O gênero de terror faz muito sucesso nos games. Dá para aproveitar de várias formas. Inclusive terror trash. Então, neste Halloween, pegue um dessa lista aí e se divirta.