| Introdução
Desenvolvido pela Red Ego Games e publicado pela Green Man Gaming, Re:Turn – One Way trip chega às plataformas digitais, dia 14 de outubro. Com a proposta de apresentar um jogo de terror pixelado 2D, Re:Turn traz uma história razoavelmente boa e puzzles desafiadores. O título pode ser considerado um side-scrolling 2D com aspectos de point and click e de visual novels.
| História
A proposta do jogo é ser assustador, logo se trata de uma história de terror. Cinco amigos prestes a se formarem no ensino médio resolvem ir acampar. Durante o acampamento eles começam a contar histórias de terror na fogueira até que uma labareda ascende aos céus apagando o fogo. A partir daí os personagens saem para recolher mais lenha e um certo item que é encontrado desencadeia uma discussão um tanto acalorada entre os amigos, o que resulta em um deles se afastando do acampamento para nunca mais voltar.

Todos vão dormir, até que Saki, nossa protagonista, acorda no meio da noite, em meio a uma neblina espessa e com os amigos desaparecidos. Ela então sai para explorar a floresta e encontra um trem abandonado. Com a esperança de encontrar os amigos, Saki adentra o trem e logo de cara se dá conta de que o trem não é apenas um trem antigo e quebrado.

Confome Saki explora o trem, passado e presente se misturam de forma que o jogador presencie os acontecimentos do passado que levaram à destruição do trem e a origem da entidade que habita o trem até os dias atuais. Munida com sua lanterna e caderno, Saki deve resolver quebra-cabeças diversos a fim de avançar na história, descobrir a verdade e encontrar seus amigos desaparecidos.

| Jogabilidade
A jogabilidade é bem simples, tanto no teclado quanto em um joystick. O jogador pode andar da direita para esquerda e vice-versa, acessar o seu inventário, interagir com os objetos do cenário e ligar ou desligar sua lanterna. Os puzzles também giram em torno de se deslocar de um lado para o outro, coletar pistas e, obviamente, utilizar a “cachola” para resolver os problemas.


Contudo, nem tudo agrada. O primeiro ponto que me desagradou foi a opção de correr. Você só desbloqueia essa opção a partir da metade para o fim do jogo; algo que poderia estar disponível desde o começo. O segundo ponto é em relação à história. Convenhamos, nenhuma história de terror é realmente boa, com uma boa narrativa e boas decisões dos personagens. Para não fugir do padrão, existem várias situações do estilo “filme da Sessão da Tarde” no jogo, como o fato de acamparem no meio do nada e decidirem entrar num trem abandonado e horripilante.
Claro, se os personagens não fizessem isso, não haveria história para contar. Para acompanhar o clichê da história, os personagens em geral são bem genéricos e um tanto “planos”. A personagem mais “redonda” é a protagonista, que foge um pouco do padrão de personagem para esse tipo de narrativa.
O terceiro e último ponto que me incomodou bastante, principalmente ao chegar no final do jogo, foram os puzzles. Desde o começo os puzzles são simples. Apresentam certo desafio e você precisa gastar um tempinho com eles, porém do meio para o final da história, a situação se inverte completamente. Puzzles com instruções ou pistas mal explicadas, objetos que confundem o jogador quanto ao seu uso e a falta de instruções ou dicas por parte da desenvolvedora.
As instruções ou dicas são elementos que merecem destaque nos jogos de puzzle, uma vez que cada vez mais jogos aderem a eles para ajudar o jogador casual, que não está interessado em quebrar demais a cabeça e quer só se divertir. Jogos como The Last of Us, Uncharted e Unravel já contam com as “dicas”, que podem ou não serem desabilitadas pelo jogador.
| Trilha Sonora
| Arte
| Conclusão
ReTurn: One Way Trip apresenta uma proposta diferente de jogo de terror, sendo ele um jogo 2D pixelado. Apesar de pixelado, ainda dá pra levar uns bons sustos no começo do jogo. A arte pixelada é linda e transmite bem a atmosfera de terror/horror. A trilha sonora é focada em efeitos sonoros que também são bem horripilantes. Os principais pontos negativos são em relação a história raza, aos personagens desinteressantes e planos, e aos puzzles mal explicados e pouco intuitivos.