RETROLD é um conjunto de jogos arcades. Desenvolvido por uma única pessoa, Bernardo Barreiros, e o mais surpreendente ele tem apenas 15 anos.
O jogo foi lançado em julho na Steam e se você gosta dos jogos clássicos dos anos 70 e 80, esse é seu momento.
Conheça mais no trailer abaixo:
Essa entrevista é uma oportunidade de conhecer mais sobre jogos brasileiros. Sobretudo para ajudar a ter uma visão do mercado brasileiro para desenvolvedores e fãs de videogames.
Agradeço ao Bernardo Barreiros por responder nossas perguntas sobre o jogo RETROLD, e com isso permitir que este post fosse realizado.
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Entrevista
Garota no Controle: O que veio primeiro, a mecânica ou temática?
Bern Barreiros : A temática, minha ideia inicial era fazer uma coletânea de jogos inspirados em arcades antigos, mas foi com o tempo que desenvolvi a ideia de fazer você controlar o personagem principal em um bar de jogos e ir desbloqueando todos com o tempo.
Garota no Controle: Que jogos inspiraram ‘RETROLD’ ?
Bern Barreiros: Eu tive a ideia de fazer algo do tipo quando estava jogando Streets Of Rage 4 com meu pai. Não me inspirei no jogo em si mas foi com ele que tive a ideia de fazer um jogo multiplayer extremamente simples para todas as idades, pois enquanto jogava com ele percebi que em grande parte dos jogos coop um dos jogadores é bem melhor que o outro, afinal eu estava jogando praticamente sozinho hahaha. Decidi então fazer um jogo multiplayer pvp onde qualquer um pudesse aprender as mecânicas rapidamente sem muito esforço.
Garota no Controle: Qual o diferencial do jogo de vocês?
Bern Barreiros : RETROLD se distancia da ideia genérica de ser apenas uma coletânea de jogos quando traz o sistema de progressão, usando os arcades em modo singleplayer como espécies de treinos para o multiplayer. Na verdade, seu maior diferencial é a forma como você pode jogar tantos jogos de forma tão prática, ele não é o tipo de jogo onde você nunca teria chances de vencer de um veterano, aqui qualquer um pode ganhar (isso sem depender da sorte é claro). RETROLD é um jogo pvp para todas as pessoas de todas as idades, além de ser uma baita homenagem aos clássicos que formaram a infância dos meus pais, talvez de seus avós ou, quem sabe, de vocês mesmos!
Garota no Controle: Qual o tamanho da equipe de vocês?
Bern Barreiros : O jogo foi desenvolvido por um único garoto brasileiro de 15 anos, todas as artes, sons e códigos foram feitos por Bernardo Barreiros Fialho.
Garota no Controle: Quais as principais dificuldades encontradas para desenvolvimento e para conseguir que o jogo fosse publicado?
Bern Barreiros : Olha, não foi nada fácil fazer arcades inspirados em jogos mais velhos que eu hahaha. Tive que fazer muitas pesquisas para tentar retratar os jogos de forma semelhante às obras que eles se referem e, ao mesmo tempo, evitar a criação de algo muito parecido com os projetos que me inspiraram a ponto de se tornarem cópias redesenhadas, então trouxe mecânicas novas, muitas vezes misturando ideias de mais de um jogo em um para trazer algo novo. Para publicá-lo foi um grande desafio, pois não estava nem um pouco familiarizado com as ferramentas do steamworks, plataforma usada para lançar jogos na steam.
Garota no Controle: Pretendem lançar outros jogos?
Garota no Controle: Qual foi o maior aprendizado que vocês gostariam de passar para outras pessoas, sobre produzir o próprio jogo?
Bern Barreiros: Na verdade é uma dica bem genérica, mas que eu não escutei e, consequentemente, me dei muito mal. NUNCA faça do seu primeiro projeto algo grande, quando decidir fazer um jogo com objetivo de alcançar algum sucesso no futuro, certifique-se que já é mestre ou ao menos bom nas áreas que precisa, seja modelagem 3D, pixel art, programação em x linguagem, não importa. Portanto, faça muitos jogos simples antes de um dos grandes, caso contrário vai acabar que nem eu, fazendo algo por anos para ter que recomeçá-lo do zero. Você vai perceber que seus efeitos sonoros, suas artes ou códigos que fez no início do desenvolvimento serão bem inferiores aos que fez no seu fim e ter que refazer parte de tudo isso é mais cansativo do que parece.
Garota no Controle: Sobre mulheres na área de desenvolvimento de jogos, o que vocês têm a comentar sobre isso?
Garota no Controle: Que mensagem gostaria de passar para aqueles que querem desenvolver jogos no Brasil?
Garota no Controle: Para vocês, é possível viver de jogos no Brasil?
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