Nictheroy é um jogo em pixel art 2D que combina sandbox com ação, aventura e muitos elementos de RPG. Este não foi lançado ainda, esperando por uma ajuda dos leitores no catarse (clique aqui), onde no dia 5 de outubro começa uma campanha em busca de investimento para o seu desenvolvimento. Vocês também podem apoiar seguindo o twitter do projeto aqui.
Conheça mais no trailer abaixo:
Essa entrevista é uma oportunidade de conhecer mais sobre jogos brasileiros. Sobretudo para ajudar a ter uma visão do mercado nacional para desenvolvedores e fãs de videogames.
Agradeço ao Jorge por responder nossas perguntas sobre o jogo Nictheroy, e com isso permitir que este post fosse realizado.
Para conhecer outras entrevistas de nosso site acesse aqui.
Entrevista
Garota no Controle: O que veio primeiro, a mecânica ou temática?
Jorge: Essa pergunta é bem difícil de falar com exatidão. Meu primeiro pensamento sobre o jogo era que eu queria um game onde o jogador explorasse livremente um mundo pixel art 2D e visse diversas culturas, tendo um combate dinâmico e monstros baseados nas miltologias/lendas desses lugares. Posso dizer que foi um mix dos 2.
Garota no Controle: Que jogos inspiraram ‘Nictheroy ‘ ?
Jorge: Antigos Zelda, com a exploração e aventura do mapa, além do combate.
Garota no Controle: Qual o diferencial do jogo de vocês?
Jorge: O jogador terá a chance de conhecer culturas pouco trabalhadas em outros jogos, como a Inca, Mongol, Tupi e até a própria Egípcia.
Garota no Controle: Qual o tamanho da equipe de vocês?
Jorge: Oficialmente, tem 2. O programador e o designer, que sou eu. Estamos trabalhando com uns 3-4 pixel artistas freelancers e sonoplasta também.
Garota no Controle: Quais as principais dificuldades encontradas para desenvolvimento e para conseguir que o jogo fosse publicado?
Jorge: A maior dificuldade é a financeira, pois tudo é muito caro. Peças de computador, luz, notebook, programas, pagar as pessoas que trabalham no game. Tudo isso tem um custo muito alto. Um jogo com o escopo de Nictheroy, não fica pronto em 6 meses ou 1 ano, precisa de pelo menos 2 para ficar ótimo. Bancar tudo isso, e sozinho é difícil demais.
Garota no Controle: Pretendem lançar outros jogos?
Garota no Controle: Qual foi o maior aprendizado que vocês gostariam de passar para outras pessoas, sobre produzir o próprio jogo?
Jorge: O maior aprendizado é de que dinheiro e contato é muito importante. Saber vender seu jogo e fazer um bom marketing dele faz toda a diferença. Portanto, faça com que as pessoas conheçam seu jogo.
Garota no Controle: Sobre mulheres na área de desenvolvimento de jogos, o que vocês têm a comentar sobre isso?
Jorge: Esse é um mercado ainda muito dominado por homens, você vê poucas mulheres nesse mundo. Mas as poucas que tem, se destacam por um talento absurdo, não apenas por serem mulheres.
Garota no Controle: Que mensagem gostaria de passar para aqueles que querem desenvolver jogos no Brasil?
Jorge: O principal é não desistir, você provavelmente terá muitas dificuldades, principalmente se vier de uma família de classe média baixa como eu. Muita gente não entenderá seu jogo ou irá falar que é ruim, mas se você confia no potencial do seu jogo e no seu, continue e prove todos ao contrário.
Garota no Controle: Para vocês, é possível viver de jogos no Brasil?
Jorge: Assim como em muitas outras profissões, o começo é muuuuito difícil, principalmente se não tiver dinheiro para bancar o projeto todo. Mas com bastante luta e fazendo as coisas certas, é possível sim. Quero mostrar com o jogo Nictheroy, que alguém que veio de uma família sem recursos e sem ser famoso é possível conseguir se dar bem.