Introdução
Quem diria que videogame fosse um trem mais velho que muita gente hoje em dia. Antigamente, era o mais sensacional do que havia de novo e revolucionário da tecnologia. Enquanto que hoje é algo normal. Mas isso não muda o fato de nos trazer bastante diversão.
E como tudo que é antigo, tem períodos de altos e baixos. Ou há aquele momento revolucionário. Mais ainda, há aquelas séries que sempre existiram e sempre estarão lá para nosso entretenimento. Contudo, houve momentos que achamos que perderíamos alguns títulos que gostávamos.
Por isso, vamos falar hoje de franquias que ficaram em hiato por um bom tempo e de repente, voltaram para alegria da galera. Mas já deixamos claro que vamos falar de jogos que tiveram um título de retorno que fez uma diferença positiva para a franquia. Além de agradar os seus fãs.
Também adiantamos que GTA fica de fora. Pois, o jogo tem fama de possuir longo tempo de preparo. O que para os fãs, não faz muita diferença porque ainda estão jogando o anterior. Lembrando que sabemos que há muito outros jogos retornantes além dos que há aqui. Caso o seu tenha ficado de fora, informe a gente. Quem sabe não poderemos fazer mais textos assim?
Doom 2016
Doom (o qual teve o título provisório de Doom 4 durante o desenvolvimento) é um reboot suave de sua franquia produzida pela id Software e publicada pela Bethesda Softworks. O jogo teve seu retorno em 13 de maio de 2016. Disponível para PC, PS4 e Xbox One, e lançado posteriormente no Nintendo Switch em 10 de novembro de 2017. Acabou tendo os título de Doom 2016 por causa do fandom.
O jogo apresenta o Doom Slayer, um antigo guerreiro despertado durante uma invasão demoníaca em Marte em 2148, depois que a cientista da Union Aerospace Corporation, Dra. Olivia Pierce, permitiu que forças do Inferno invadissem. Uma sequência, Doom Eternal, foi anunciada em 2018 e lançada em 20 de março de 2020.
Alcançou boas notas e teve uma boa recepção do público. Apesar de ter alguns spin-offs, a série não possuía uma continuação canônica desde 2005. Deixando muitos fãs ansiosos para um “verdadeiro Doom”.
Guilty Gear XRD
Não gente. Não é o Strive, o qual tem análise aqui. Mas foi o primeiro com “gráficos de Guilty Gear”. Apesar de ter o início de produção bem próxima ao último título, ele nem deveria existir. De forma resumida, a Arc System Works havia perdido os direitos do jogo. Porém, conseguiu recuperar anos mais tarde. Ainda, Guilty Gear 2 -Overture-, seu antecessor, não era um jogo de luta. E tinha como objetivo ser o fim da série.
O primeiro trailer foi mostrado ao público durante o festival anual Arc System Works em 19 de maio de 2013. Guilty Gear XRD -SIGN- usa modelos e ambientes 3D intencionalmente esperados para serem visualmente impactantes. Mas com visual de anime. Assim, a equipe pretendia projetar os personagens o mais próximo possível do anime usando Softimage, e usou métodos incomuns (e bem trabalhosos) em renderização 3D para dar a impressão de que foi desenhado à mão, como ignorar a iluminação do ambiente, molduras de corte, entre outras técnicas.
Agora podemos perceber o quão emocionante para os fãs foi ver o retorno da série. Pois, o último jogo de luta da série foi lançado lá para 2007. O Guilty Gear XX Λ Core. Desde seu retorno, a série GG, para os íntimos, não parou mais.
Megaman 11
Mega Man 11, conhecido como Rockman 11: Unmei no Haguruma!! (ロックマン11 運命の歯車!! lit. “Rockman 11: Gears of Fate!!”) no Japão, teve seu lançamento em 2 de outubro de 2018. É a décima primeira entrada principal da série Mega Man original, e marca o retorno da série original após oito anos de hiato. Lembrando que Megaman 9 e 10 representavam mais um saudosismo do que uma continuação de fato. Pois apresentavam gráficos de 8-bit. Enquanto Megaman 11 utiliza gráficos 2.5 D.
Outra razão para ter um retorno memorável é que a Capcom estava muito focada em Street Fighter, Resident Evil e Monster Hunter. Para piorar, uma das principais mentes por trás da criação do robozinho azul, Keiji Inafune, havia saído da empresa japonesa. Além da aventura principal, há um modo extra com vários desafios aumentando a longevidade do game. Lançado para diversas plataformas, teve uma boa recepção da crítica e do público.
Street Fighter 4
Mais um jogo de luta que teve um retorno glorioso. E põe glorioso nisso. Pois, a época dos arcades havia acabado no mundo menos no Japão. Aliás, um dos fiascos da série veio praticamente na mesma época: Street Fighter 3 – Giant Impact. O jogo serviu mais para mostrar a nova placa CPS3 do que um novo jogo da franquia. Com pouco carisma, os desenvolvedores correram para fazer uma atualização. Daí, veio Street Fighter 3 – 2nd Impact. Então, muita coisa melhorou. Mas não suficiente. Até que fizeram o ápice do arco que foi Street Fighter 3 – Third Strike.
Porém, por melhor que tenha sido, já era tarde. Street Fighter perdeu seu carisma com o público. Contudo, Yoshinori Ono, não desistiu. Insistiu, insistiu, até que em 2008 saiu o jogo. Ele não foi apenas o retorno da série Street Fighter. Mas também para o gênero jogo de luta. O qual estava enterrado há muito tempo. Por isso, ele até hoje é usado como referência de Fighting Game de qualidade.
Streets of Rage 4
Olha, esse, desta lista, foi o mais demorado. Afinal, seu antecessor teve lançamento em 1994. De repente, do nada, DOTEMU tem a autorização para fazer o quarto título da aclamada franquia de briga de rua. Muita gente torceu o nariz achando que não teria a mesma qualidade que a SEGA. Mas tava todo mundo errado. Streets of Rage teve um retorno tão bom com seu quarto título que promoveu sua produtora à “fazedora de retorno”. Temos até análises de um desses jogos que ela fez: Windjammers 2.
Gráficos feitos à mão, trilha sonora impecável, sistema viciante de combos e nostalgia com bastante referências e cenários secretos. Realmente, não tinha como dar errado. Para melhorar mais ainda, houve um DLC com mais modos e personagens.
Menções Honrosas
No mundo do “retorno” também há os sucessores espirituais. Evidentemente, há vários exemplos. Mas separamos dois apenas para não deixar o texto longo.
Bloodstained: Ritual of the Night
Você conhece o nome Koji Igarashi? Não? Que tal lembrar de Castlevania Symphony of the Night? Sim, ele fez os dois. Por isso Bloddstained é considerado um retorno para a série. Apesar de que, Castlevania teve vários outros títulos lançados após o jogo de 1997. Inclusive, no estilo Metroidvania. Os mais populares foram os de Game Boy Advance. Porém, a Konami meio que desistiu da franquia e ainda mandou embora Igarashi.
Então, ele abriu uma campanha de financiamento coletivo para conseguir fazer um jogo nos mesmos moldes que clássico Symphony of the Night. Durante o processo, ainda lançou dois spin-offs com gráficos 8-bit para dar um gostinho nostálgico ao que estaria por vir. A campanha de arrecadação foi um sucesso. E em 2019 ele chegou. O jogo entregou o que prometeu. E eu posso dizer, porque tive a oportunidade de jogar. Assim, todo mundo ficou satisfeito. Há rumores de um segundo jogo. Mas, apenas boatos. Nada confirmado.
Horizon Chase
O retorno desse aqui agradou muita gente. Até quem não conheceu sua franquia mãe: Top Gear. Horizon Chase Turbo é um jogo de corrida lançado em 2018 pela desenvolvedora brasileira de games Aquiris Game Studio para PS4, PCs, Xbox One e Nintendo Switch . Trata-se de uma versão melhorada de Horizon Chase – World Tour, lançado em 2015 pela mesma desenvolvedora, que foi convidada pela Sony para portá-lo para seu console. Por conta disso, ele se tornou o primeiro game brasileiro comercializado em disco pela gigante dos games japonesa.
Mas o destaque aqui é por ser um sucessor espiritual de Top Gear. Um jogo de corrida que serviu de base para o jogo brasileiro. As referências e homenagens são tão fortes ao jogo de corrida noventista, que eles chamaram o autor das músicas do game antigo. O jogo teve tanto sucesso que recentemente lançaram um DLC em homenagem ao nosso saudoso piloto de Fórmula 1 – Ayrton Senna.
Retorne para os seus jogos
Algumas informações eu desconhecia e tive de procurar outras fontes e as inclui no texto. Mas, o que esses títulos apresentados aqui nos mostram os games conquistam várias pessoas e que não importa o tempo, vai ter quem jogue. Mas diga, qual o retorno de jogo que fez feliz? Conta aí.